São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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Ao defender empresa, tucano comete equívoco

DA AGÊNCIA FOLHA

Ao defender uma vitória da Embraer na concorrência de US$ 700 milhões para a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira, José Serra reincidiu num equívoco que já havia cometido -assim como também cometeram membros da campanha de Ciro Gomes e Luiz Inácio Lula da Silva ao falar sobre o assunto.
Uma vitória do consórcio integrado pela Embraer na disputa não significa mais emprego no Brasil. O consórcio, liderado pela francesa Dassault, não vai montar o avião Mirage-2000 no Brasil. Afinal de contas, serão apenas 12 aviões, e nenhuma empresa do mundo abre linha de montagem para essa quantidade. O que a Dassault estuda é abrir a linha se houver outros pedidos no mercado latino-americano, algo improvável hoje.
Quanto ao fato de a Embraer ser brasileira, isso vale também para a Avibrás, que oferece o avião russo Sukhoi-35 em conjunto com a Rosoboronexport e promete investimento de US$ 240 milhões em um parque de manutenção.
E nada impede que qualquer consórcio que venha a vencer, de qualquer país, faça acordo com empresas brasileiras para manutenção depois. Na verdade, isso é o que deverá ocorrer.
(IGOR GIELOW)


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