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Ao defender empresa, tucano comete equívoco
DA AGÊNCIA FOLHA
Ao defender uma vitória da
Embraer na concorrência de
US$ 700 milhões para a compra de novos caças para a Força
Aérea Brasileira, José Serra
reincidiu num equívoco que já
havia cometido -assim como
também cometeram membros
da campanha de Ciro Gomes e
Luiz Inácio Lula da Silva ao falar sobre o assunto.
Uma vitória do consórcio integrado pela Embraer na disputa não significa mais emprego no Brasil. O consórcio, liderado pela francesa Dassault,
não vai montar o avião Mirage-2000 no Brasil. Afinal de contas, serão apenas 12 aviões, e
nenhuma empresa do mundo
abre linha de montagem para
essa quantidade. O que a Dassault estuda é abrir a linha se
houver outros pedidos no mercado latino-americano, algo
improvável hoje.
Quanto ao fato de a Embraer
ser brasileira, isso vale também
para a Avibrás, que oferece o
avião russo Sukhoi-35 em conjunto com a Rosoboronexport
e promete investimento de US$
240 milhões em um parque de
manutenção.
E nada impede que qualquer
consórcio que venha a vencer,
de qualquer país, faça acordo
com empresas brasileiras para
manutenção depois. Na verdade, isso é o que deverá ocorrer.
(IGOR GIELOW)
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