São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2006

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Berzoini afirma que Lula não bate cartão e defende campanha de dia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O coordenador da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini, disse ontem que o PT não se sente obrigado a respeitar a norma baixada há cerca de dois meses pelo próprio governo de que Lula só poderia posar de candidato fora dos horários de expediente.
"Presidente não bate cartão. De nossa parte, não existe uma visão de limitação", afirmou Berzoini. Na próxima terça, já haverá uma demonstração disso. O PT marcou para as 12h o lançamento do programa de governo de Lula, com a presença do presidente.
Em julho, os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Tarso Genro (Relações Institucionais) orientaram seus colegas e o próprio Lula a tomar o cuidado de fazer campanha apenas antes e após o expediente e nos finais de semana. Fizeram isso após consulta ao Tribunal Superior Eleitoral.
O horário de trabalho foi definido como sendo das 9h às 17h, mas Lula já vem usando as manhãs de alguns dias para gravar seus programas de TV.
Berzoini agora diz que a orientação não é uma norma, mas um "princípio geral", que não precisa ser seguido à risca. Segundo ele, o cargo de chefe de Estado tem por definição horários flexíveis, e Lula teria muitas horas de crédito como presidente para descontar. "O presidente trabalha sábado, domingo, feriado, à noite. Presidente não está protegido pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]. Seria até bom que estivesse", afirmou.

Empresários
Lula se reuniu ontem na residência do ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) com um grupo de 27 empresários dos setores de siderurgia, mineração e papel.
Ao chegar à casa, Lula citou o crescimento do lucros das empresas e anunciou o que falaria aos empresários. "Queremos discutir os passos para a consolidação do crescimento econômico e do desenvolvimento do país", disse ele.
Durante o jantar, os empresários fizeram um balanço positivo da gestão do petista e apontaram a necessidade de desoneração tributária para melhorar a competitividade das empresas. Até as eleições, Lula e Furlan devem organizar outros três encontros com os empresários.


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