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Berzoini afirma que Lula não bate cartão e defende campanha de dia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O coordenador da campanha de reeleição do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini, disse ontem
que o PT não se sente obrigado
a respeitar a norma baixada há
cerca de dois meses pelo próprio governo de que Lula só
poderia posar de candidato fora dos horários de expediente.
"Presidente não bate cartão.
De nossa parte, não existe uma
visão de limitação", afirmou
Berzoini. Na próxima terça, já
haverá uma demonstração disso. O PT marcou para as 12h o
lançamento do programa de
governo de Lula, com a presença do presidente.
Em julho, os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e
Tarso Genro (Relações Institucionais) orientaram seus colegas e o próprio Lula a tomar
o cuidado de fazer campanha
apenas antes e após o expediente e nos finais de semana.
Fizeram isso após consulta ao
Tribunal Superior Eleitoral.
O horário de trabalho foi definido como sendo das 9h às
17h, mas Lula já vem usando as
manhãs de alguns dias para
gravar seus programas de TV.
Berzoini agora diz que a
orientação não é uma norma,
mas um "princípio geral", que
não precisa ser seguido à risca.
Segundo ele, o cargo de chefe
de Estado tem por definição
horários flexíveis, e Lula teria
muitas horas de crédito como
presidente para descontar. "O
presidente trabalha sábado,
domingo, feriado, à noite. Presidente não está protegido pela CLT [Consolidação das Leis
do Trabalho]. Seria até bom
que estivesse", afirmou.
Empresários
Lula se reuniu ontem na residência do ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) com um grupo de 27
empresários dos setores de siderurgia, mineração e papel.
Ao chegar à casa, Lula citou
o crescimento do lucros das
empresas e anunciou o que falaria aos empresários. "Queremos discutir os passos para a
consolidação do crescimento
econômico e do desenvolvimento do país", disse ele.
Durante o jantar, os empresários fizeram um balanço positivo da gestão do petista e
apontaram a necessidade de
desoneração tributária para
melhorar a competitividade
das empresas. Até as eleições,
Lula e Furlan devem organizar
outros três encontros com os
empresários.
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