São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Kassab tem maior índice de aprovação desde que assumiu

Taxa de ótimo ou bom supera a de ruim ou péssimo; reprovação também diminui entre moradores da cidade do sexo masculino

Nota média para o governo tem pico, atingindo 5,7, em índice de 0 a 10; crescimento mais acentuado foi entre os que têm renda mais baixa

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois anos e meio depois de assumir o comando da cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) atingiu seu maior índice de popularidade.
Pesquisa Datafolha realizada em parceria com a TV Globo aponta a superação numérica dos que consideram a gestão do prefeito-candidato ótima ou boa (40%) diante daqueles que a avaliam como regular (38%). A taxa de ruim ou péssimo (20%) é a menor, índice igual ao registrado em maio.
O número de paulistanos que definem o governo do prefeito como regular (38%) variou dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Trata-se de uma subida de cinco pontos percentuais nos índices de ótimo ou bom, diante de uma queda idêntica de quem o avalia como ruim ou péssimo, na comparação com o levantamento anterior, realizado no dia 24 do mês passado.
A nota média dada à administração de Kassab, que assumiu a prefeitura depois que José Serra (PSDB) renunciou para disputar o governo do Estado, também atingiu seu pico. Está em 5,7, numa escala de 0 a 10, a mesma registrada em maio.
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, associa a melhora da avaliação de Kassab ao início do horário eleitoral de rádio e TV, que estreou na terça-feira passada. O prefeito é quem mais tempo tem nesse espaço entre os candidatos.
Paulino lembra que o mesmo fenômeno ocorreu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e com a então prefeita Marta Suplicy (PT), em 2004. "Quem está buscando a reeleição consegue mostrar seus feitos", afirma o diretor-geral.
Os números gerais da pesquisa se assemelham muito aos índices obtidos por Marta em setembro de 2004, quando ela atingiu sua melhor avaliação, com uma taxa de 42% dos que consideravam sua gestão ótima ou boa, diante de 20% dos que a viam como ruim ou péssima.

Extremos
O aumento mais acentuado da popularidade da gestão Kassab ocorreu entre a população de baixa renda, que recebe até dois salários mínimos: foram dez pontos de acréscimo em relação ao fim do mês passado. Mas a avaliação de ótimo ou bom também cresceu entre os que ganham mais de dez salários mínimos: oito pontos.
Outro dado que chama a atenção no levantamento do instituto se refere ao gênero. A rejeição a Kassab diminuiu nove pontos entre os homens. (CONRADO CORSALETTE)


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