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SÃO PAULO
Embolados em segundo, Tuma cresce quatro pontos e vai a 13%, Erundina pára
em 12%, Maluf e Alckmin oscilam e têm 12% e 10%, respectivamente; Marta lidera com 35%
A 7 dias do pleito, vices mudam de posição
FERNANDO RODRIGUES
EM SÃO PAULO
Romeu Tuma (PFL) cresceu
quatro pontos percentuais na disputa pela Prefeitura de São Paulo,
chegou a 13% e embaralhou ainda
mais a disputa pelo segundo lugar, conforme dados de pesquisa
Datafolha realizada anteontem.
Luiza Erundina (PSB) e Paulo
Maluf (PPB) empatam em 12%.
Erundina ficou onde estava em
relação ao último levantamento,
feito em 15 de setembro. Maluf oscilou dois pontos para baixo, pois
estava com 14%.
Geraldo Alckmin (PSDB) está
com 10%. Oscilou um ponto para
menos. Tinha 11% no dia 15.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para
menos. Há empate técnico entre
os quatro segundos colocados.
Mesmo Alckmin, com 10%, pode
estar entre 7% e 13%, sobrepondo-se parcialmente à faixa ocupada por Tuma (de 10% a 16%).
Essa é a disputa mais acirrada
pelo segundo lugar numa eleição
paulistana desde que as capitais
de Estado voltaram a ter eleições
diretas para prefeito, em 1985.
Marta Suplicy (PT) segue isolada na liderança. Nesta pesquisa,
oscilou positivamente de 32% para 35%. Com este cenário, haverá
segundo turno porque a petista
não tem 50% mais um dos votos
válidos (leia texto nesta página).
Desde 11 de maio a disputa em
São Paulo não tem um candidato
isolado no segundo lugar. Naquela data, Erundina chegou a 25%.
No final de maio, recuou para
17% e ficou empatada com Maluf,
que tinha 15%.
O empate quádruplo começou a
se consolidar em agosto, quando
Tuma e Alckmin passaram a subir nas pesquisas.
O pefelista e o tucano estiveram
meses empacados na faixa de 6%
e 3%, respectivamente.
Em 29 de agosto ocorreu na pesquisa Datafolha um resultado semelhante ao que é publicado hoje.
Alckmin e Maluf tinham 13%.
Erundina, 12%, e Tuma, 10%.
Tuma, que agora está numericamente à frente dos outros três,
ganhou pontos em quase todos os
segmentos do eleitorado. Só ficou
estacionado em dois grupos: eleitores com renda superior a 20 salários mínimos e os que têm nível
de escolaridade superior.
Seu melhor desempenho é entre
eleitores do PMDB, sigla que o
apóia. Tuma tem 25% das intenções de voto dos peemedebistas.
Há apenas hipóteses para essa
subida de Romeu Tuma, o único
candidato a variar acima da margem de erro nesta pesquisa.
Uma delas é que seu principal
mote de campanha, a segurança
pública, esteve em evidência no
noticiário de TV da cidade e foi
usado por ele no horário eleitoral
gratuito. Um motorista de ônibus
foi baleado na nuca e morreu na
madrugada de quinta-feira em
São Paulo.
O autor do disparo foi um rapaz
de 17 anos. Ao informar o cobrador que estava praticando um assalto, irritou-se ao saber que havia
apenas R$ 7 no caixa. Atirou nas
costas do cobrador, que sobreviveu. Mas o tiro dado no motorista
foi fatal. Motoristas e cobradores
protestaram contra a falta de segurança no trabalho anteontem.
Um pedido que se encaixa no refrão repetido por Tuma há meses.
Na propaganda eleitoral, Tuma
estreou o publicitário Chico Santa
Rita. Nesta semana, reprisou várias vezes cena em que Tuma diz:
"Segurança para mim é não é problema. Se precisar ir para a rua pegar bandido, a gente vai".
Além disso, como o pefelista estava numericamente na posição
de quarto segundo colocado, foi
menos atacado do que os outros
candidatos nos últimos dias.
Esse fenômeno de ser poupado
de ataques ocorreu com Erundina
no início do mês. A maioria das
críticas visou Alckmin, que estava
na ponta dos quatro vice-líderes.
Alvejado, Alckmin recuou de
16% (no dia 1º) para os atuais
10%. Nesse hiato em que foi poupada, Erundina oscilou de 11%
(no dia 12) para 12% (no dia 15),
permanecendo nesse patamar.
Diante disso, é possível supor que
nesta última semana de campanha Maluf, Erundina e Alckmin
se voltem contra Tuma.
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