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Somente três
corpos foram
identificados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dos 160 desaparecidos durante o regime militar, apenas
três corpos foram identificados
até hoje e entregues às famílias.
No Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal
em Brasília, há três ossadas que
permanecem guardadas em
caixas há seis anos.
O caso foi revelado pela Folha em setembro do ano passado e até hoje não foi resolvido.
Duas ossadas foram retiradas
de uma cova clandestina em
Sororó (PA). A outra estava no
cemitério de Xambioá (PA),
sem identificação. Suspeita-se
que uma delas seja João Carlos
Haas Sobrinho, médico e integrante da guerrilha do Araguaia, morto em 1972, aos 31
anos. Uma terceira pessoa poderia ser reconhecida, mas não
houve exumação a pedido da
família. Milton Palmeira de
Castro, do Rio Grande do Sul,
estaria enterrado em Juiz de
Fora (MG).
A assessoria de imprensa da
PF informou que o departamento é um "depositário" das
ossadas. A análise dos ossos
não foi feita porque a comissão
não a solicitou, segundo a PF. O
Ministério não respondeu até o
fechamento da edição.
A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos,
instalada em 1996 no Ministério da Justiça, recebeu 366 pedidos de indenização. Foram
280 autorizados e 86 negados.
O volume de recursos chega a
R$ 31,4 milhões. Familiares
têm até 12 de dezembro para
pedir indenização.
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