São Paulo, segunda-feira, 24 de setembro de 2007

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Cabral passou um de cada cinco dias fora do Brasil

Até agora, governador do Rio ficou no exterior durante 51 dias de seu mandato

De acordo com Sérgio Cabral, viagens têm como meta atrair investimentos para o Estado; seis países já foram visitados neste ano

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

Ao completar seu roteiro por Roma e Milão, na Itália, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), somou 51 dias no exterior desde 1º de janeiro, quando assumiu.
Nesses primeiros nove meses de 2007, o chefe do Executivo fluminense visitou seis países a trabalho e tirou duas férias de uma semana cada, para passeios internacionais particulares -após o Carnaval, foi a Saint Barth (ilha no Caribe), e em agosto esteve em Paris.
Cabral passou em países estrangeiros quase um em cada cinco dias do ano. Os 51 dias no exterior representam 19% dos 264 dias de 2007 até hoje.
Em abril, ficou mais da metade do mês (16 dias) fora do país.
Nas viagens de trabalho, o governador gastou em média 5,8 dias em cada país visitado.
Esteve na Colômbia, na França (uma vez a passeio e outra a trabalho), nos EUA, na Argentina, em Portugal e na Itália, de onde deve voltar hoje.
Antes de assumir o cargo, Cabral já havia feito uma viagem internacional. No fim do ano, quando montava sua equipe de governo, ele foi aos Estados Unidos, a convite do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Aproveitou a ida a Washington, para convidar o ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy para a Secretaria de Fazenda. Levy era o vice-presidente do BID.
O governador defende suas viagens ao exterior como maneira de atrair investimentos para o Estado.
No Senado, onde cumpriu parte do mandato antes de ser eleito governador, Cabral era um parlamentar ausente. No ano passado, até agosto, havia faltado a 52% das sessões. Somadas as 178 faltas da legislatura, desde 2003, ele não esteve no plenário em mais de um terço das votações (35,8%).
O governador elevou o status da área destinada ao exterior. A Coordenadoria de Assuntos Internacionais, subordinada à Secretaria do Planejamento, deu lugar à Subsecretaria de Relações Internacionais, que passou a integrar a pasta da Casa Civil. A subsecretaria é comandada pelo diplomata Ernesto Rubarth, do Itamaraty, que acompanha Cabral em compromissos oficiais no exterior.
A assessoria de comunicação do governo enviou lista com as datas, roteiros e propósitos das viagens. Sérgio Cabral visitou a Colômbia, em março, para conhecer programas de redução dos índices de criminalidade.
Em abril, esteve na França, onde viajou de trem expresso a convite de empresa que fornece composições para o metrô fluminense. No fim do mês, esteve nos Estados Unidos, para reuniões com empresários e autoridades, com o objetivo de "atrair novos investimentos".
Em seguida, foi a Buenos Aires (Argentina), para lançar os Jogos Pan-Americanos.
Em junho, foi a Portugal para atrair investimentos. Na Itália sua meta era promover o intercâmbio de políticas públicas.


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