|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cabral passou um de cada cinco dias fora do Brasil
Até agora, governador do Rio ficou no exterior durante 51 dias de seu mandato
De acordo com Sérgio Cabral, viagens têm como meta atrair investimentos para o Estado; seis países já foram visitados neste ano
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
Ao completar seu roteiro por
Roma e Milão, na Itália, o governador do Rio, Sérgio Cabral
(PMDB), somou 51 dias no exterior desde 1º de janeiro,
quando assumiu.
Nesses primeiros nove meses de 2007, o chefe do Executivo fluminense visitou seis países a trabalho e tirou duas férias de uma semana cada, para
passeios internacionais particulares -após o Carnaval, foi a
Saint Barth (ilha no Caribe), e
em agosto esteve em Paris.
Cabral passou em países estrangeiros quase um em cada
cinco dias do ano. Os 51 dias no
exterior representam 19% dos
264 dias de 2007 até hoje.
Em abril, ficou mais da metade do mês (16 dias) fora do país.
Nas viagens de trabalho, o governador gastou em média 5,8
dias em cada país visitado.
Esteve na Colômbia, na
França (uma vez a passeio e outra a trabalho), nos EUA, na Argentina, em Portugal e na Itália,
de onde deve voltar hoje.
Antes de assumir o cargo, Cabral já havia feito uma viagem
internacional. No fim do ano,
quando montava sua equipe de
governo, ele foi aos Estados
Unidos, a convite do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Aproveitou a ida a Washington, para convidar o ex-secretário do Tesouro Nacional
Joaquim Levy para a Secretaria
de Fazenda. Levy era o vice-presidente do BID.
O governador defende suas
viagens ao exterior como maneira de atrair investimentos
para o Estado.
No Senado, onde cumpriu
parte do mandato antes de ser
eleito governador, Cabral era
um parlamentar ausente. No
ano passado, até agosto, havia
faltado a 52% das sessões. Somadas as 178 faltas da legislatura, desde 2003, ele não esteve
no plenário em mais de um terço das votações (35,8%).
O governador elevou o status
da área destinada ao exterior. A
Coordenadoria de Assuntos Internacionais, subordinada à Secretaria do Planejamento, deu
lugar à Subsecretaria de Relações Internacionais, que passou a integrar a pasta da Casa
Civil. A subsecretaria é comandada pelo diplomata Ernesto
Rubarth, do Itamaraty, que
acompanha Cabral em compromissos oficiais no exterior.
A assessoria de comunicação
do governo enviou lista com as
datas, roteiros e propósitos das
viagens. Sérgio Cabral visitou a
Colômbia, em março, para conhecer programas de redução
dos índices de criminalidade.
Em abril, esteve na França,
onde viajou de trem expresso a
convite de empresa que fornece composições para o metrô
fluminense. No fim do mês, esteve nos Estados Unidos, para
reuniões com empresários e
autoridades, com o objetivo de
"atrair novos investimentos".
Em seguida, foi a Buenos Aires (Argentina), para lançar os
Jogos Pan-Americanos.
Em junho, foi a Portugal para
atrair investimentos. Na Itália
sua meta era promover o intercâmbio de políticas públicas.
Texto Anterior: Regime militar: Audiência sobre Araguaia reúne 500 pessoas Próximo Texto: Objetivo é atrair novos negócios Índice
|