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Advogada ataca
restrições ao
direito de defesa
DA REPORTAGEM LOCAL
Tentar restringir o direito de defesa e vetar o
acesso do investigado a
um inquérito representam um retrocesso para o
país, diz a presidente do
Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD),
Flávia Rahal Bresser Pereira.
"O Estado democrático
de Direito é incompatível
com uma investigação que
seja sigilosa para o investigado", afirma a advogada,
que completa: "O sigilo jamais pode ser para o investigado, isso cerceia por
completo o direito de defesa, é um absurdo total".
Para a presidente do
instituto, o habeas corpus
é um remédio processual
que deve ser utilizado em
diversas situações, como
num constrangimento ilegal contra uma pessoa, independentemente da
ocorrência de privação de
liberdade.
"O sistema jurídico precisa mesmo passar por
uma reforma, mas que não
atinja os direitos fundamentais do cidadão comum."
Para o advogado criminalista Eduardo Carnelós,
as garantias individuais
não são para proteger a
prática de crimes, mas para proteger o indivíduo.
"Todo procedimento
que, em nome de assegurar o direito da coletividade, restrinja o exercício do
direito de defesa do indivíduo redundará na prevalência do Estado absoluto.
Não há democracia se não
houver respeito à individualidade e à possibilidade
de o indivíduo se defender
amplamente em qualquer
circunstância", afirma.
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