São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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Em cidade do PI, programa atende 87% da população

DO ENVIADO A PEDRO LAURENTINO (PI)

Em Pedro Laurentino (PI), onde a prefeitura é a principal geradora de empregos, os números reforçam as acusações de irregularidade no uso do Bolsa Família. Há mais eleitores (2.472) do que habitantes (2.105), e 510 famílias recebem o benefício na cota da cidade -são 1.836 pessoas, ou 87% da população. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, é a maior proporção do país.
O número de vagas por município é definido pelo ministério, com base em estimativa de pessoas pobres. O município cadastra as famílias, e o governo federal concede o benefício.
Com a cota de beneficiários inchada por pessoas de municípios vizinhos, moradores pobres de Pedro Laurentino não conseguem mais acessar o Bolsa Família. Responsável pelo Cadastro Único local, a primeira-dama Cássia Rodrigues admite haver de 200 a 300 famílias fora do programa.
Um dos casos é o do casal Jonas, 24, e Maria Deusa de Sá, 23, recém-chegado de um período de quatro anos de trabalho em São Paulo.
"Já fiz o meu cadastro na prefeitura, mas dizem que ainda não chegou a minha vez. Estou esperando", afirma Maria Deusa, mãe de Marcos, 4, e Nicolas, de seis meses.
Além do prefeito Gilson Rodrigues (PTB), que concorre à reeleição, o outro candidato à Prefeitura de Pedro Laurentino é Edison Leite (DEM). (ES)


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