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outro lado
Fome não pode ser subjugada por eleição, diz pasta
DA SUCURSAL DO RIO
Para justificar a distribuição de cestas de alimentos a
sem-terra às vésperas das
eleições, o secretário de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome,
Marco Aurélio Loureiro, disse que "a fome não pode ser
subjugada pela eleição".
Segundo ele, os movimentos de sem-terra pressionam
o tempo inteiro para receber
as cestas. "Se não estivéssemos entregando, estariam
denunciando que há pessoas
passando fome." O governo
reconhece que atrasou na
distribuição e atribui o fato à
demora na aprovação do Orçamento da União de 2008.
Segundo o secretário, o
programa prevê a entrega de
cinco "eventos" (cestas) por
família, durante o ano, e a
maior parte dos Estados recebeu duas cestas, por família, no primeiro semestre.
Segundo o secretário, é o
Incra que define a quantidade a ser destinada por Estado. Indagado se o ministério
tem como impedir o uso eleitoral das cestas, respondeu
que não há denúncia de mau
uso e que, se houver, será
aberto inquérito.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, ao qual o
Incra é subordinado, declarou, via assessoria, que a distribuição das cestas não segue calendário fixo. Disse
que, em 2007, foram distribuídas cestas do Fome Zero
no valor de R$ 45 milhões e
que, neste ano, o valor foi reduzido para R$ 41 milhões.
As duas pastas negaram
conotação política na ajuda.
Segundo o Desenvolvimento
Agrário, a Ouvidoria Agrária
Nacional acompanha a entrega e não recebeu restrição
ou orientação judicial para
interromper a distribuição.
Declarou, ainda, que as superintendências do Incra foram orientadas para comunicar aos TREs e ao Ministério Público Federal que a distribuição é parte de um programa continuado e que não
possui conotação política.
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