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Apuração sobre Alstom não acaba neste ano, diz Suíça
Mais pessoas irão depor, diz Ministério Público suíço
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
As investigações sobre a multinacional francesa Alstom na
Suíça ainda levarão alguns meses para ser concluídas, afirmou ontem o Ministério Público daquele país. A empresa é
suspeita de ter pago milhões
em propinas a funcionários públicos na Ásia e na América do
Sul para vencer licitações públicas em países estrangeiros,
inclusive no Brasil.
"Posso garantir que as investigações não terminarão neste
ano. Ainda há muito o que fazer", afirmou à Folha a porta-voz do Ministério Público suíço
Jeannette Balmer, desmentindo informações da imprensa
européia de que elas estariam
perto do fim.
Novos depoimentos deverão
ocorrer em breve e a investigação ainda prosseguirá por pelo
menos mais alguns meses, disse a porta-voz, ressaltando que
tanto os procuradores da França como os do Brasil ajudam a
esclarecer o caso.
Funcionários da empresa
que já foram interrogados voltarão a ser intimados, disse ela.
O Ministério Público de São
Paulo investiga os contratos da
multinacional francesa Alstom
com o governo paulista. A suspeita é que tenha havido pagamento de propina para obter
vantagens em contratos com o
metrô nos anos 90.
No mês passado, operação
policial na Suíça resultou na
prisão de ex-executivo da Alstom e na apreensão de grande
quantidade de documentos em
vários escritórios da empresa
no país. O executivo, identificado pela imprensa francesa como Bruno Kaelin, teria coordenado o pagamento das propinas no Brasil e na Venezuela.
As suspeitas contra ele são de
gestão fraudulenta, corrupção
e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público suíço
queixou-se de que a Alstom lacrou muitos dos documentos
apreendidos, o que tem atrasado a investigação.
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