São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS

Roseana afirma que parceria com Lula será o diferencial

Para a pefelista, o que muda agora é que o Brasil tem um presidente empenhado em combater a desigualdade social

"De minha parte, posso garantir: não faço política olhando para trás. Distingo as paixões eleitorais da administração", sobre o PFL

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Governadora do Maranhão de 1995 a 2002, a senadora Roseana Sarney (PFL), 53, que disputa novamente o cargo, disse que, caso seja eleita, a novidade será a parceria que fará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se ele vier a ser reeleito.
Roseana não quis falar diretamente com a Folha. As perguntas foram encaminhadas à assessoria da candidata, que enviou as respostas por escrito. Pesquisa do Ibope divulgada no último dia 18 indica a candidata com 53% dos votos válidos, contra 47% de Jackson Lago (PDT).

 

FOLHA - Qual a estratégia para o segundo turno, com seus adversários unidos contra sua candidatura?
ROSEANA SARNEY
- A estratégia é a mesma do primeiro turno. É correr o Maranhão mostrando as propostas para que o eleitor possa avaliar e fazer sua escolha. Eleição não tem mágica, mas muito trabalho.

FOLHA - A sra. governou o Estado duas vezes, elegeu o sucessor e disputa novamente o governo. O Maranhão continua com problemas sociais graves. Qual sua proposta?
ROSEANA
- Não é só o Maranhão que ainda tem problemas sociais graves. Eles existem em todo o Nordeste e Norte, e até nos Estados mais ricos do país. A grande diferença entre o que tínhamos e o que temos agora é um presidente da República empenhado, particularmente, no combate às imensas desigualdades sociais. A parceria com Lula, que apoiei em 2002 e em todo este seu mandato, e que me apóia, fará a diferença do meu próximo governo.

FOLHA - Qual será a prioridade de seu novo governo, caso seja eleita?
ROSEANA
- O espaço limitado de uma entrevista nos obriga a generalizar as propostas. Mas minhas áreas prioritárias serão educação, saúde, emprego, segurança e agricultura. Conseguimos, por exemplo, levar 96% das crianças maranhenses para a escola. Agora temos que universalizar o ensino médio e investir na qualidade da educação em todos os níveis.

FOLHA - A sra. está ameaçada de expulsão do PFL por ter apoiado Lula. Até que ponto isso a prejudicou neste segundo turno?
ROSEANA
- Quando apoiei Lula na eleição passada fiz uma opção por uma proposta de governo que atendia principalmente às imensas necessidades do Nordeste brasileiro. Fiz isso às claras e o meu partido conviveu com isso. O eleitor maranhense sabe de que lado eu estou.

FOLHA - A sua resistência em apoiar Alckmin tem ligação com o caso Lunus? O seu partido acusou o PSDB de estar por trás da operação que acabou prejudicando sua candidatura à Presidência.
ROSEANA
- O Brasil sabe o que aconteceu aqui em 2002. Mas não sou movida por rancores.

FOLHA - Caso vença esta eleição, isso pode pavimentar uma nova candidatura sua à Presidência em 2010?
ROSEANA
- Tenho tarefas imensas, que são vencer e fazer um bom governo, que atenda às muitas necessidades do Maranhão. Costumo me empenhar para viver o aqui e agora.

FOLHA - A sra. continuará no PFL?
ROSEANA
- O partido continuará comigo? De minha parte, posso garantir: não faço política olhando para trás. Distingo as paixões eleitorais da administração.


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