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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS
Roseana afirma que parceria com Lula será o diferencial
Para a pefelista, o que muda agora é que o Brasil tem um presidente empenhado em combater a desigualdade social
"De minha parte, posso garantir: não faço política olhando para trás. Distingo as paixões eleitorais da administração", sobre o PFL
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Governadora do Maranhão
de 1995 a 2002, a senadora Roseana Sarney (PFL), 53, que
disputa novamente o cargo,
disse que, caso seja eleita, a novidade será a parceria que fará
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), se ele vier a
ser reeleito.
Roseana não quis falar diretamente com a Folha. As perguntas foram encaminhadas à
assessoria da candidata, que
enviou as respostas por escrito.
Pesquisa do Ibope divulgada no
último dia 18 indica a candidata
com 53% dos votos válidos,
contra 47% de Jackson Lago
(PDT).
FOLHA - Qual a estratégia para o
segundo turno, com seus adversários unidos contra sua candidatura?
ROSEANA SARNEY - A estratégia é
a mesma do primeiro turno. É
correr o Maranhão mostrando
as propostas para que o eleitor
possa avaliar e fazer sua escolha. Eleição não tem mágica,
mas muito trabalho.
FOLHA - A sra. governou o Estado
duas vezes, elegeu o sucessor e disputa novamente o governo. O Maranhão continua com problemas sociais graves. Qual sua proposta?
ROSEANA- Não é só o Maranhão
que ainda tem problemas sociais graves. Eles existem em
todo o Nordeste e Norte, e até
nos Estados mais ricos do país.
A grande diferença entre o que
tínhamos e o que temos agora é
um presidente da República
empenhado, particularmente,
no combate às imensas desigualdades sociais. A parceria
com Lula, que apoiei em 2002 e
em todo este seu mandato, e
que me apóia, fará a diferença
do meu próximo governo.
FOLHA - Qual será a prioridade de
seu novo governo, caso seja eleita?
ROSEANA - O espaço limitado
de uma entrevista nos obriga a
generalizar as propostas. Mas
minhas áreas prioritárias serão
educação, saúde, emprego, segurança e agricultura. Conseguimos, por exemplo, levar
96% das crianças maranhenses
para a escola. Agora temos que
universalizar o ensino médio e
investir na qualidade da educação em todos os níveis.
FOLHA - A sra. está ameaçada de
expulsão do PFL por ter apoiado Lula. Até que ponto isso a prejudicou
neste segundo turno?
ROSEANA - Quando apoiei Lula
na eleição passada fiz uma opção por uma proposta de governo que atendia principalmente
às imensas necessidades do
Nordeste brasileiro. Fiz isso às
claras e o meu partido conviveu
com isso. O eleitor maranhense
sabe de que lado eu estou.
FOLHA - A sua resistência em
apoiar Alckmin tem ligação com o
caso Lunus? O seu partido acusou o
PSDB de estar por trás da operação
que acabou prejudicando sua candidatura à Presidência.
ROSEANA - O Brasil sabe o que
aconteceu aqui em 2002. Mas
não sou movida por rancores.
FOLHA - Caso vença esta eleição, isso pode pavimentar uma nova candidatura sua à Presidência em 2010?
ROSEANA - Tenho tarefas imensas, que são vencer e fazer um
bom governo, que atenda às
muitas necessidades do Maranhão. Costumo me empenhar
para viver o aqui e agora.
FOLHA - A sra. continuará no PFL?
ROSEANA - O partido continuará comigo? De minha parte,
posso garantir: não faço política olhando para trás. Distingo
as paixões eleitorais da administração.
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