São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2007

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PF indicia prefeito de Florianópolis na Operação Moeda Verde

Suspeita é de que Dario Berger teria beneficiado empresários do setor hoteleiro; peemedebista nega envolvimento e afirma que não teme ser cassado

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

A Polícia Federal em Santa Catarina indiciou o prefeito de Florianópolis, Dario Berger (PMDB), em conseqüência da Operação Moeda Verde.
A informação foi publicada no jornal "Diário Catarinense" e confirmada pelo próprio prefeito, que negou envolvimento no suposto esquema de favorecimento a empresários. "Segundo meus advogados, tecnicamente, este relatório chega a ser imprestável." Deflagrada em maio, a operação decorreu da apuração de fraudes na liberação de licenças ambientais a projetos imobiliários.
Berger é apontado como suspeito de crime contra a administração pública e meio ambiente, formação de quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa e falsidade ideológica. De acordo com a PF, em conversas interceptadas, ele parece acertar a criação de uma lei para que haja quitação das dívidas de empresários do setor de hotelaria com a prefeitura.
As gravações, ainda de acordo com a PF, sugerem que o empresário Fernando Marcondes de Mattos, dono do resort Costão do Santinho, participou da concepção da proposta -que permitia que ele abatesse 50% dos débitos que tinha.
Em uma das conversas, o prefeito diz que "tem muita vontade de atender o doutor Marcondes". A lei 207/2007 foi proposta pelo Executivo em novembro de 2006 e aprovada em dezembro pela Câmara.
O inquérito diz que o prefeito recebeu de Marcondes de Mattos "vantagem indevida em razão de seu cargo de prefeito".


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