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A 3 dias da eleição, Lula grava apoio a Rosário
Presidente havia relutado em participar da campanha em Porto Alegre devido ao adversário do PMDB
SIMONE IGLESIAS
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Apoios que não foram dados
à petista Maria do Rosário durante toda a campanha em Porto Alegre chegaram aos 44 minutos do segundo tempo.
Atrás 14 pontos percentuais
do prefeito e candidato à reeleição, José Fogaça (PMDB), segundo o Datafolha, o PT apelou
ao presidente Lula e à deputada
Manuela D'Ávila (PC do B) para tentar uma virada.
Um depoimento gravado às
pressas por Lula passou a ser
veiculado ontem no programa
de rádio e TV da petista. Mas a
estratégia dos petistas é bombardear os eleitores com a imagem e depoimento do presidente por meio das inserções.
Na gravação de 30 segundos,
Lula aparece com uma parede
bege ao fundo pedindo "reflexão" aos eleitores, chamados
por ele de "meus amigos e minhas amigas", em vez do tradicional "companheiros".
"Quem esteve junto com o
governo federal nestes últimos
anos, quem votou contra ou votou a favor do governo federal
para que a gente pudesse atingir este momento excelente
que o Brasil está vivendo.
Quem esteve comigo em todo
este período foi uma mulher:
Maria do Rosário. E eu peço a
você que vote em Maria do Rosário para prefeita", diz Lula.
O presidente vinha resistindo em participar da campanha
em Porto Alegre porque não
queria um atrito com o PMDB.
Apesar de o PC do B ter aderido à campanha de Rosário no
segundo turno, depois de Manuela ficar em terceiro lugar na
disputa, a deputada comunista
se esquivou de ajudar a petista.
Fez duas viagens oficiais ao
exterior (Portugal e El Salvador) e foi a São Luís fazer campanha para Flávio Dino (PC do
B), coincidentemente no dia do
comício final de Rosário.
Mesmo relutando em colaborar com o PT, Manuela deve
fazer amanhã caminhadas com
a petista na periferia e em redutos onde teve votação expressiva. Manuela não queria entrar
na campanha porque, no primeiro turno, Rosário a chamou
de "vazia" e "inexperiente".
Fogaça também ganhou reforço. O ministro Carlos Lupi
(Trabalho), do PDT, que apóia a
reeleição, pediu votos para ele
durante uma reunião de presidentes de 30 sindicatos ligados
à Força Sindical e no comício
de encerramento da campanha. "O presidente tem todo o
direito de dar o apoio [a Rosário], como eu, presidente licenciado do PDT, tenho o direito
de estar com o Fogaça."
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