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QUESTÃO AGRÁRIA
71 intelectuais criticam mídia sobre CPI do MST
DA REDAÇÃO
Em reação ao que chamam de "criminalização
do MST", um grupo de 71
intelectuais brasileiros e
estrangeiros divulgou ontem um manifesto condenando a cobertura da mídia sobre o movimento.
Mencionando a invasão
de uma fazenda no interior de São Paulo no início
deste mês, o texto diz que a
mídia foi "taxativa em
classificar a derrubada de
alguns pés de laranja como
atos de vandalismo".
Assinam o documento,
entre outros, o crítico literário Antonio Candido, o
economista Plínio de Arruda Sampaio, o sociólogo
Paulo Arantes, o escritor
Luis Fernando Veríssimo
e o filósofo Paulo Arantes.
O manifesto também teve
adesão do sociológo português Boaventura de Souza
Santos e do escritor uruguaio Eduardo Galeano.
Além de acusar redes de
televisão de omitir informação sobre as terras da
Cutrale serem públicas, o
documento diz que o objetivo do movimento de criminalização é barrar a revisão dos índices de produtividade prometida pelo
governo federal.
O texto afirma que a medida ameaçaria o interesse
de grandes produtores, ao
tornar disponíveis para a
reforma agrária terras que
eles dizem ser produtivas.
O texto também condena o recolhimento de assinaturas, nesta semana, para criar a CPI do MST no
Congresso. Diz que, junto
com a cobertura midiática,
a iniciativa objetiva bloquear a reforma agrária.
O texto cita números do
IBGE que mostram aumento na concentração de
terras e da Comissão Pastoral da Terra que denunciam crescimento da violência contra sem-terra
neste ano. Por fim, convoca setores a se engajarem
para lutar com o MST.
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