São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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Outro lado

Petista reclama por não ter acesso ao inquérito

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Em nota distribuída pela assessoria do deputado eleito Juvenil Alves (PT-MG), o advogado disse que foi "surpreendido" na manhã de ontem com os mandados de busca e apreensão nas suas empresas e com a prisão temporária, após dizer que "desde 1984 presta serviços advocatícios a empresas no Brasil e no exterior". O advogado reclama que não teve acesso ao inquérito com as acusações contra ele. Diz a nota: "Informa também que, até o momento, não teve acesso ao processo, mas esclarece que todas as atividades de seus clientes estão registradas nas juntas comerciais próprias e instituições financeiras. Todos os documentos serão fornecidos e todas as informações prestadas para o mais rápido esclarecimento dos fatos." O advogado Renato Moreira, que trabalha com Alves e coordenou sua campanha a deputado, negou as suspeitas. "Para nós foi uma surpresa e indignação. Não tivemos acesso ao inquérito nem às investigações. Temos disposição para fornecer todo o material ", disse Moreira. Segundo ele, Alves não tem nenhuma participação no controle ou na administração das empresas acusadas. Questionado sobre a principal acusação feita a Alves, de que ele foi o mentor e é o principal executor das aberturas das offshores, Moreira disse que os escritórios da Juvenil Alves são como franquias e que há cinco anos o deputado eleito não advoga. Sobre se os escritórios franqueados poderiam ter criado esse esquema à revelia de Alves, ele disse: "Não posso dizer que seja impossível". Segundo Moreira, após ser libertado, Alves vai dar entrevista para esclarecer essa questão e procurará o PT. A empresa Pif Paf, do ex-deputado Avelino Costa, também preso, divulgou nota em que informa que só vai se manifestar quando os advogados da empresa tiverem acesso ao inquérito policial. "A empresa ressalta que está colaborando com as autoridades policiais", diz a nota. A Folha telefonou para as empresas Cosméticos Kanechonn e Nacional Informática, mas não localizou ninguém ontem.


Colaborou CÍNTIA ACAYABA, da Agência Folha

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