São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2008 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br O Brasil em 2009
Saiu a edição anual da "Economist" com sua "coleção de previsões" para 2009. Para Brasil e a América
Latina, o editor de Américas, Michael Reid, antecipa
"um teste difícil de sua resistência recém-encontrada", com a queda no consumo global. "Das duas grandes economias, o Brasil vai continuar a se dar melhor
que o México, mas nenhum vai se dar muito bem." O
primeiro cresce "menos que 3%", pela queda no preço
das commodities, e o segundo, "menos que 1%", pela
vinculação com a indústria americana.
MUDANÇA... A revista abre anunciando, em editorial, um ano de "ajuste para um mundo mudado", na economia. Ressalta que "a mudança de poder para lugares como Brasil, Rússia, Índia e China vai se acelerar e esses países vão esperar maior voz na forma como o mundo é gerido". O crescimento "será menos especular, mas em muitos emergentes vai se manter robusto". DE PODER Escrevendo sob o título "Uma nova ordem econômica mundial" para a edição da "Economist", o indiano presidente da gigante ArcelorMittal, Lakshmi Mittal, diz que "a mudança de poder para os emergentes está num ponto crítico". Que "a globalização começou e o mundo desenvolvido deve agradecer pela tendência", que amplia o mercado consumidor. ESSENCIAL, INDISPENSÁVEL Em seu artigo de previsão na "Economist", Henry Kissinger, o secretário de Estado que aproximou EUA e China, aposta que "a América será menos poderosa, mas ainda a nação essencial para criar a nova ordem mundial". Avalia que "o G8 vai precisar de um novo papel, abraçando China, Índia, Brasil e talvez a África do Sul" e que "outros países, embora insistindo em seus papéis crescentes, provavelmente vão concluir que uma América menos poderosa ainda continua indispensável". RECOMEÇAR
GASTAR, GASTAR Nas manchetes de "New York Times" e "Washington Post" de domingo, o "vasto plano de estímulo à economia". Em seu "programa semanal de rádio", Barack Obama prometeu "um plano grande o bastante para os desafios que enfrentamos". No destaque do "NYT", vai "canalizar recursos para infra-estrutura". Por outro lado, destaque ontem no site do "Wall Street Journal", a "China se debate com seu massivo plano de estímulo", com agências e governos locais "correndo para criar maneiras de gastar o dinheiro". TESOURO E O BRASIL Obama escolheu e anuncia hoje para secretário do Tesouro, informam agências e sites, o atual presidente do Fed em Nova York. Em destaque no currículo de Timothy Geithner, além de curiosidades como ser um skatista, o fato de ter comandado a negociação de um "pacote de assistência ao Brasil". Ele é "um experiente gerente de crises" não só por combater a atual há um ano, mas porque "já gastou mais tempo em crises, do México ao Brasil, do que qualquer outro" à disposição, hoje. MEDVEDEV VS. Em reportagem que envolveu cinco correspondentes, o "NYT" avalia que o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, que chega hoje ao Brasil, "inveja" a influência crescente da China na América Latina. E contrasta, como "piada", a prioridade russa a Venezuela e outros com a prioridade chinesa a Brasil e outras economias de mercado. HU JINTAO Já o site da instituição nova-iorquina Americas Society se estende sobre a visita do presidente da China, Hu Jintao, a Costa Rica, Cuba e outros. E afirma que foi dada no "Diário do Povo", do PC chinês, como "novo capítulo nas relações China-América Latina" -e inclui abrir vários Institutos Confúcio, a começar do Brasil, dias atrás. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Diplomacia: Forças reforçam segurança para visita de russo Índice |
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