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SUCESSÃO
Presidente quer evitar indicação partidária no lugar de Mendonça de Barros no Ministério das Comunicações
Desafio de FHC é garantir novo ministério
da Sucursal de Brasília
O presidente
Fernando Henrique Cardoso
não pretende
submeter as vagas abertas com
a crise da escuta
telefônica às
quotas dos partidos que apóiam o
Planalto.
Mas, para manter de pé o projeto
de criar um Ministério da Produção, duramente criticado pelo PFL,
FHC já procura um nome suprapartidário capaz de substituir a
planejada indicação do ministro
demissionário Luiz Carlos Mendonça de Barros e, ao mesmo tempo, atenuar as resistências dos aliados da base governista.
A definição ficará para depois da
posse do segundo mandato do presidente, em 1º de janeiro do ano
que vem.
Sobre as substituições, FHC economizou nas palavras: "Nesse momento, assumem os interinos. Interino é interino, nunca é permanente", afirmou.
Ontem, foi confirmado o nome
do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Juarez
Quadros, para ocupar interinamente a vaga deixada por Mendonça de Barros.
²
Cargo esvaziado
Funcionário de carreira do Sistema Telebrás, onde ingressou em
março de 1973, Quadros está no
ministério desde 1995. Foi levado
para lá pelo então titular Sérgio
Motta, morto em abril.
Como ministro interino das Comunicações, o principal objetivo
de Quadros será dar sequência à licitação que permitirá a instalação
de novas emissoras de rádio e TV
aberta no país.
São quatro lotes de editais, que
somam 351 emissoras de FM, 118
de OM e 48 de TV. Lançada ainda
na administração de Sérgio Motta,
essa concorrência ainda não foi
concluída.
Durante sua interinidade, Juarez
Quadros também poderá finalizar
o projeto de lei que definirá as novas regras de outorga e de regulamentação do setor de radiodifusão
do país.
Com a conclusão daquela concorrência e com a eventual aprovação do projeto de lei pelo Congresso, o Ministério das Comunicações
ficará esvaziado.
²
Anatel
Todas as funções de radiodifusão
serão repassadas à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que já cuida da fiscalização
das empresas telefônicas e das licitações para novas operadoras de
TV paga. A Anatel foi criada pelo
governo FHC no ano passado.
Restará para o ministério a administração da ECT (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos), que também deverá ser privatizada sob um regime de capital
misto.
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