São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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Ingresso de Lobão Filho no PMDB divide os senadores do partido

Para Jucá, suplente é "bem-vindo'; líder da bancada quer debate com Temer

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB está dividido quanto ao possível ingresso de Edison Lobão Filho (MA) no partido. Ele anunciou que pretende se desfiliar do DEM e tomar posse na semana que vem na vaga do pai, Edison Lobão (PMDB-MA), nomeado novo ministro de Minas e Energia. O ingresso de Lobão Filho no PMDB seria natural, já que o grupo político ao qual é ligado pertence à sigla.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou ontem que o suplente é "bem-vindo". "A bancada tem interesse que ele seja um senador pelo PMDB", disse. Segundo Jucá, é importante que o partido não perca nenhum voto, sobretudo porque a base aliada no Senado é frágil.
Contudo, o líder da bancada peemedebista na Casa, Valdir Raupp (RO), disse que a filiação do Lobão Filho precisa ser discutida pela direção do partido. "Até agora esse assunto não foi debatido. Precisa ser conversado com o presidente Michel Temer", disse Raupp.
O líder, porém, afirmou que é interesse da bancada que a vaga de Lobão fique com um senador do PMDB. Nesse sentido, era esperado que Lobão Filho pedisse licença para que o segundo suplente, Remi Ribeiro, ficasse com a cadeira. "A senadora Roseana Sarney [(PMDB-MA)] havia me dito que o Lobão Filho pediria licença para o segundo suplente assumir. Até então era isso que havia sido combinado", contou Raupp.
Presidente regional do PMDB do Maranhão, Remi Ribeiro demonstrou surpresa com a possibilidade de Lobão Filho entrar para a sigla. "Aqui no Maranhão ninguém falou nisso. Até onde eu sei ele ainda é do DEM", disse.
Em coletiva hoje no ministério, Edison Lobão afirmou que essa questão quem vai decidir é o filho. "Ele já está no Brasil e está tomando as providências."
À Folha Lobão Filho chamou a legenda, da qual pretende sair, de partido do contra. Ele afirmou que assumirá a vaga no Senado. Para o suplente, líderes do DEM foram injustos com ele no caso em que foi acusado de colocar uma empresa em nome de laranjas para fugir de dívidas. "Acho que eles não foram leais comigo. O posicionamento de determinados membros do partido foi um prejulgamento injusto. Não me deram direito a minha defesa."


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