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Ingresso de Lobão Filho no PMDB divide os senadores do partido
Para Jucá, suplente é "bem-vindo'; líder da bancada quer debate com Temer
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PMDB está dividido quanto ao possível ingresso de Edison Lobão Filho (MA) no partido. Ele anunciou que pretende
se desfiliar do DEM e tomar
posse na semana que vem na
vaga do pai, Edison Lobão
(PMDB-MA), nomeado novo
ministro de Minas e Energia. O
ingresso de Lobão Filho no
PMDB seria natural, já que o
grupo político ao qual é ligado
pertence à sigla.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
afirmou ontem que o suplente
é "bem-vindo". "A bancada tem
interesse que ele seja um senador pelo PMDB", disse. Segundo Jucá, é importante que o
partido não perca nenhum voto, sobretudo porque a base
aliada no Senado é frágil.
Contudo, o líder da bancada
peemedebista na Casa, Valdir
Raupp (RO), disse que a filiação
do Lobão Filho precisa ser discutida pela direção do partido.
"Até agora esse assunto não foi
debatido. Precisa ser conversado com o presidente Michel Temer", disse Raupp.
O líder, porém, afirmou que é
interesse da bancada que a vaga
de Lobão fique com um senador do PMDB. Nesse sentido,
era esperado que Lobão Filho
pedisse licença para que o segundo suplente, Remi Ribeiro,
ficasse com a cadeira. "A senadora Roseana Sarney [(PMDB-MA)] havia me dito que o Lobão Filho pediria licença para o
segundo suplente assumir. Até
então era isso que havia sido
combinado", contou Raupp.
Presidente regional do
PMDB do Maranhão, Remi Ribeiro demonstrou surpresa
com a possibilidade de Lobão
Filho entrar para a sigla. "Aqui
no Maranhão ninguém falou
nisso. Até onde eu sei ele ainda
é do DEM", disse.
Em coletiva hoje no ministério, Edison Lobão afirmou que
essa questão quem vai decidir é
o filho. "Ele já está no Brasil e
está tomando as providências."
À Folha Lobão Filho chamou a legenda, da qual pretende sair, de partido do contra.
Ele afirmou que assumirá a vaga no Senado. Para o suplente,
líderes do DEM foram injustos
com ele no caso em que foi acusado de colocar uma empresa
em nome de laranjas para fugir
de dívidas. "Acho que eles não
foram leais comigo. O posicionamento de determinados
membros do partido foi um
prejulgamento injusto. Não me
deram direito a minha defesa."
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