São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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Vereadores do PSDB querem manter aliança com o DEM

Grupo pede "bom senso"; Alckmin defende candidatura e fala de aliança no 2º turno

Bancada tucana divulgou nota no mesmo dia em que alckmistas cancelaram dois atos programados em favor de uma candidatura própria

DA REPORTAGEM LOCAL

Cobrando "bom senso" do partido, a bancada do PSDB na Câmara Municipal defendeu ontem, em nota, a manutenção da aliança com DEM para as eleições, "independentemente da candidatura que venha a ser definida". Divulgada no dia em que alckmistas cancelaram dois atos programados para a semana que vem em favor da candidatura própria, a nota contraria discurso do ex-governador Geraldo Alckmin, para quem "é bom para o povo ter mais uma opção".
Na nota, os vereadores tucanos afirmam que é "fundamental a preservação da aliança".
Um único parágrafo reproduz dois argumento dos entusiastas da reeleição de Gilberto Kassab: de necessidade de continuidade da ações da prefeitura e de um acordo com vistas a 2010. Segundo a nota, a escolha do candidato deve ser "pautada pelo objetivo de oferecer à cidade de São Paulo a garantia dos avanços conquistados nos últimos anos por um governo que foi eleito e que administra a cidade de acordo com os princípios tucanos da eficiência, austeridade e transparência".
O texto complementa: "Mais do que isso, nossa escolha deve buscar a manutenção do governo estadual, referência de administração para todo o país, e a realização do projeto nacional da Presidência da República".
Escolhido porta-voz dos vereadores, o vice-líder Gilberto Natalini disse que essa é "uma questão de bom senso".
"Não podemos ser burros ao ponto de desmontar uma coisa que está dando certo", disse ele, garantindo representar os 12 vereadores do partido.
Segundo tucanos, a intenção da bancada era tornar mais explícito apoio à reeleição de Kassab, mas o texto foi amenizado na noite de quarta-feira, a pedido do presidente municipal do PSDB, José Henrique Lobo.
A justificativa foi que a bancada não deveria avançar no dia seguinte ao almoço entre Alckmin e Kassab. Sob mesmo argumento, alckmistas adiaram dois atos previstos para a semana que vem. Além da intenção de conter a ansiedade, houve medo de baixo quórum pela proximidade com o Carnaval.
Segundo tucanos, a trégua é fruto de um acordo fechado entre Alckmin e Kassab no almoço de quarta-feira.
Ontem, ao participarem de um evento promovido pelo movimento Nossa São Paulo, ambos deixaram claro que se mantêm candidatos. A avaliação de que ainda existem duas candidaturas foi feita na véspera numa reunião no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Ontem, Alckmin reafirmou a defesa de candidatura própria. "Você pode fazer aliança no primeiro ou no segundo turno."
Para Kassab, aquele foi "mais um" de dezenas de encontros.


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