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Vereadores do PSDB querem manter aliança com o DEM
Grupo pede "bom senso"; Alckmin defende candidatura e fala de aliança no 2º turno
Bancada tucana divulgou nota no mesmo dia em que alckmistas cancelaram dois atos programados em favor de uma candidatura própria
DA REPORTAGEM LOCAL
Cobrando "bom senso" do
partido, a bancada do PSDB na
Câmara Municipal defendeu
ontem, em nota, a manutenção
da aliança com DEM para as
eleições, "independentemente
da candidatura que venha a ser
definida". Divulgada no dia em
que alckmistas cancelaram
dois atos programados para a
semana que vem em favor da
candidatura própria, a nota
contraria discurso do ex-governador Geraldo Alckmin, para
quem "é bom para o povo ter
mais uma opção".
Na nota, os vereadores tucanos afirmam que é "fundamental a preservação da aliança".
Um único parágrafo reproduz dois argumento dos entusiastas da reeleição de Gilberto
Kassab: de necessidade de continuidade da ações da prefeitura e de um acordo com vistas a
2010. Segundo a nota, a escolha
do candidato deve ser "pautada
pelo objetivo de oferecer à cidade de São Paulo a garantia dos
avanços conquistados nos últimos anos por um governo que
foi eleito e que administra a cidade de acordo com os princípios tucanos da eficiência, austeridade e transparência".
O texto complementa: "Mais
do que isso, nossa escolha deve
buscar a manutenção do governo estadual, referência de administração para todo o país, e
a realização do projeto nacional
da Presidência da República".
Escolhido porta-voz dos vereadores, o vice-líder Gilberto
Natalini disse que essa é "uma
questão de bom senso".
"Não podemos ser burros ao
ponto de desmontar uma coisa
que está dando certo", disse ele,
garantindo representar os 12
vereadores do partido.
Segundo tucanos, a intenção
da bancada era tornar mais explícito apoio à reeleição de Kassab, mas o texto foi amenizado
na noite de quarta-feira, a pedido do presidente municipal do
PSDB, José Henrique Lobo.
A justificativa foi que a bancada não deveria avançar no dia
seguinte ao almoço entre Alckmin e Kassab. Sob mesmo argumento, alckmistas adiaram
dois atos previstos para a semana que vem. Além da intenção
de conter a ansiedade, houve
medo de baixo quórum pela
proximidade com o Carnaval.
Segundo tucanos, a trégua é
fruto de um acordo fechado entre Alckmin e Kassab no almoço de quarta-feira.
Ontem, ao participarem de
um evento promovido pelo movimento Nossa São Paulo, ambos deixaram claro que se mantêm candidatos. A avaliação de
que ainda existem duas candidaturas foi feita na véspera numa reunião no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do
presidente nacional do PSDB,
Sérgio Guerra. Ontem, Alckmin reafirmou a defesa de candidatura própria. "Você pode
fazer aliança no primeiro ou no
segundo turno."
Para Kassab, aquele foi "mais
um" de dezenas de encontros.
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