|
Texto Anterior | Índice
Gabeira teve encontros secretos com italiano em café de Ipanema
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos mais de dois anos em que
viveu clandestino no país, o italiano Cesare Battisti manteve
encontros secretos com o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) num café em
Ipanema. O congressista optou
por não denunciá-lo.
"Nos reunimos quatro ou
cinco vezes. Também fui refugiado político na Europa e recebido por pessoas que me ajudaram", diz, em referência ao exílio durante a ditadura (1964-1985). "Eu prestei ajuda quando ele chegou, ouvi o caso dele.
Ao longo do tempo, sugeri que
ele buscasse o caminho legal."
Gabeira nega que tenha prestado auxílio financeiro ou dado
abrigo a Battisti. "Conversávamos sobre os livros dele", diz.
Segundo a Folha apurou, a
PF já monitorava o ex-militante e até entrou na Justiça com
pedido de interceptação telefônica do italiano, mas o Ministério Público foi contra. Por determinação de Tarso, a PF não
fala sobre o caso Battisti. Para
Gabeira, o refúgio do italiano é
uma questão humanitária.
A lei 6.815/80 diz que introduzir estrangeiro clandestinamente ou ocultar clandestino é
crime, com pena de um a três
anos. O doutor em direito internacional Jorge Fontoura
pondera. "O cidadão tem o direito de não denunciar." (CDS)
Texto Anterior: Entrevista: Itália encobre "asilo francês", afirma filósofo Índice
|