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Lula e partido aumentarão a pressão sobre Ciro
DA REPORTAGEM LOCAL
Os petistas planejam para esta semana uma forte pressão
sobre o PSB, partido do deputado federal Ciro Gomes (CE),
terceiro colocado no principal
cenário da mais recente pesquisa Datafolha de intenção de
voto para o Palácio do Planalto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem encontro marcado com a direção nacional do
PSB e, se possível, com o próprio Ciro (que estaria em férias
no exterior) nesta quarta-feira.
Segundo petistas que participaram do encontro da corrente
CNB (Construindo um Novo
Brasil) no final de semana em
São Roque (SP), Lula fará um
último apelo para que Ciro deixe a corrida presidencial e aceite concorrer ao governo do Estado de São Paulo.
No âmbito nacional, a sigla
do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, se engajaria
formalmente na campanha da
ministra Dilma Rousseff.
"Nosso próximo passo é garantir a unidade na eleição",
afirmou o presidente eleito do
PT, José Eduardo Dutra. O PSB
integra a coalizão de partidos
em torno da gestão Lula.
Em setembro do ano passado, Ciro transferiu seu domicílio eleitoral para a capital paulista, o que lhe dá o direito de
concorrer ao Bandeirantes.
"Se há um exemplo que devemos tirar da eleição no Chile é o
de que o governo não se divide
em uma eleição. Em uma campanha, é claro que o candidato
governista que está atrás tentará se diferenciar do governista
que está na frente. Isso quase
sempre se dá com ataques e, no
segundo turno, torna-se mais
difícil trazer de volta aquele
eleitor que ficou para trás",
afirmou Dutra.
Nas eleições chilenas, Eduardo Frei, candidato da presidente Michelle Bachelet -avaliada
com índices positivos que beiram 80%- perdeu no segundo
turno para o empresário de
oposição Sebastián Piñera.
No primeiro turno, Frei teve
de enfrentar também Marco
Enríquez Ominami, que ficou
em terceiro com 20%, e fazia
parte da Concertación, o mesmo grupo político de Bachelet.
Caso Ciro não aceite liderar
uma frente antitucanos em São
Paulo, os petistas avaliam que
se abrirá no partido uma disputa pela vaga com cinco nomes
preferenciais: Marta Suplicy,
Aloizio Mercadante, Emidio de
Souza, Fernando Haddad e
Eduardo Suplicy.
Marta havia afirmado que
apoiaria o deputado federal Antonio Palocci, mas, como ele
desistiu de concorrer, a ex-prefeita voltou ao páreo, pois sua
candidatura, na visão dos petistas, deve garantir a Dilma um
palanque estável em São Paulo.
Já Mercadante tem repetido
que pretende disputar a reeleição para o Senado, apesar dos
apelos do Planalto.
(JAB)
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