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Ministério Público investiga dois desaparecimentos na fronteira
DA ENVIADA A URUGUAIANA (RS)
Com base em uma ação da
Justiça italiana que responsabiliza militares sul-americanos
pelo desaparecimento de militantes de esquerda de origem
italiana durante as ditaduras
militares, o Ministério Público
Federal investiga o sumiço de
duas pessoas em Uruguaiana.
No único inquérito aberto no
país para apurar criminalmente ações do regime militar, o
procurador da República da cidade, Ivan Cláudio Marx, solicitou à Polícia Federal a investigação do desaparecimento do
ítalo-argentino Lorenzo Ismael
Viñas e do padre argentino Jorge Oscar Adur.
Os dois sumiram no mesmo
dia, em ônibus diferentes,
quando cruzavam a fronteira
entre Paso de Los Libres (Argentina) e Uruguaiana.
Os crimes ocorreram por
conta da Operação Condor. O
caso de Viñas, por ser de origem italiana, faz parte do processo do país europeu. A Justiça da Itália indiciou 13 militares
brasileiros. Em 2007, o país pediu ajuda ao Brasil para que os
acusados ainda vivos fossem
julgados. Entre eles, responsáveis à época pelo SNI (Serviço
Nacional de Informações) e um
ex-secretário de Segurança do
Rio Grande do Sul.
Tanto o caso de Viñas quanto
o de Adur foram reconhecidos
pelo governo brasileiro, que pagou indenização às famílias.
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