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OUTRO LADO
Grupo nega vínculo com empresa
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
A assessoria de comunicação
do Grupo TBA, de Brasília, informou ontem que a empresa não
mantém vínculos com a empresa
da qual o ex-assessor parlamentar
da Casa Civil, Waldomiro Diniz
da Silva, foi sócio em 2003, a Faculdade Interfutura, de São Paulo.
De acordo com a assessoria, a
faculdade foi uma iniciativa "particular" da sócia Maria Estela Boner Léo, irmã de Maria Cristina
Boner Léo, sócia majoritária da
TBA. Segundo informou, por
meio da assessoria, o diretor jurídico do grupo, Terence Zveiter,
Maria Estela "não tem poder de
gerência, voto ou decisão em relação aos investimentos do grupo".
Para Zveiter, esse pouco poder
de decisão de Maria Estela demonstra que ela não teria feito
lobby, no governo federal, por
meio de Waldomiro, em prol do
Grupo TBA.
Conforme a assessoria, a idéia
de se fazer uma faculdade voltada
para informática, como a criada
por Waldomiro, Maria Estela e
dois outros empresários do interior de São Paulo, também foi sugerida à empresária Maria Cristina Boner Léo, mas ela não teve interesse em participar do negócio.
A assessoria informou que a assinatura do contrato social da Interfutura "é anterior à entrada de
Waldomiro na Loterj [Loteria do
Estado do Rio de Janeiro]" e "posterior ao governo de Cristovam
Buarque". Waldomiro presidiu a
Loterj de 2001 a 2002, nos governos de Anthony Garotinho
(PMDB) e Benedita da Silva (PT),
e foi assessor parlamentar de
Cristovam no governo do Distrito
Federal de 1995 a 1998.
A faculdade, segundo a assessoria, foi "encerrada completamente" em 2003.
Maria Estela afirmou que desde
o final do ano passado se afastou
do dia-a-dia da administração do
Grupo TBA. "Eu não tenho relevância nenhuma hoje em dia [na
TBA]. Sou um zero à esquerda."
Por causa desse alegado distanciamento das atividades da TBA,
Maria Estela disse que nunca discutiu com Waldomiro Diniz assuntos ligados aos interesses do
Grupo TBA no âmbito do governo federal. Segundo ela, o projeto
da faculdade foi "uma idéia que
surgiu mas que deu errado".
"Propostas de criação de projetos
nos chegam por "n" caminhos. A
gente sempre foi muito assediada", disse Maria Estela.
"Eu perdi muito dinheiro nesse
negócio", disse a empresária.
O advogado de Waldomiro Diniz no Rio de Janeiro, Luiz Guilherme Vieira, foi procurado, por
telefone, diversas vezes na última
sexta-feira, sem sucesso, tanto em
seu telefone celular quanto na sede do seu escritório, no Rio. Ele
voltou a ser procurado ontem pelo seu telefone celular, às 18h40,
mas não foi encontrado. Foram
deixados recados na secretária
eletrônica de seu celular na sexta-feira e ontem, mas não houve retorno, até às 20h00 de ontem, ao
pedido de entrevista.
(RV)
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