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Serra lança pacote de bondades para servidor
Gastos em reajustes e gratificações para policiais, agentes penitenciários e aposentados da Educação chegam a R$ 730 mi ao ano
Benefícios passam a vigorar a partir de 1º de março, a um mês do prazo legal para que Serra se afaste do cargo caso queira disputar a Presidência
CATIA SEABRA
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), anuncia nos
próximos dias seu pacote de
bondades para policiais, agentes penitenciários e aposentados da Educação. Ontem, Serra
se reuniu com o secretário de
Gestão, Sidney Beraldo, para o
arremate final das medidas.
Os projetos podem consumir
R$ 730 milhões anuais. O pacote -antecipado pela Folha-
deve vigorar a partir de 1º de
março, a um mês do prazo legal
para que Serra se afaste do governo caso dispute a Presidência. Mas seu impacto será diluído ao longo dos anos, com reflexo pleno nos cofres do Estado a partir de 2014.
Pelo projeto, os aposentados
da Educação terão direito, gradualmente, à gratificação por
atividade de magistério, concedida aos servidores da ativa.
Além de direito à aposentadoria especial, os agentes penitenciários serão contemplados
com reajuste que representará
um gasto de R$ 80 milhões.
Outro projeto altera a fórmula de concessão do ALE
(adicional de local de exercício)
pago aos policiais civis e militares, que hoje recebem um auxílio variável segundo o tamanho
da cidade em que atuam: de até
200 mil habitantes, de 200 mil
a 500 mil, e acima de 500 mil
habitantes.
O primeiro nível deverá ser
extinto e o primeiro patamar
representará 80% do valor do
teto. Esse adicional deverá ser
incorporado à aposentadoria
dos policiais. O impacto pode
chegar a R$ 1,5 bilhão ao ano.
Ontem, Serra lançou uma
página na internet para consultas a salários pagos em todo o
país. O Salariômetro (www.salariometro.sp.gov.br) reúne informações do Ministério
do Trabalho.
"A ideia surgiu porque estamos trabalhando para utilizar
os instrumentos modernos de
informação no sentido de desenvolver o mercado de trabalho", disse Serra.
"Dado é uma coisa. Dado
com inteligência se transforma
em informação objetiva", disse
o secretário estadual do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.
Segundo tucanos, isso reforça a ideia de que Serra é capaz
de implementar programas baratos e criativos. O custo do Salariômetro foi de R$ 200 mil.
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