São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2005

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Saúde é vitrine, diz "prestigiado" Costa

FABIANE LEITE
DA SUCURSAL DO RIO

Sobrevivente da reforma ministerial, após semanas na lista de demissionários, o ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou ontem no Rio que sua pasta "será uma das vitrines nas eleições de 2006". Anteontem, após reunião com os novos ministros, o governo divulgou elogios feito por Lula a Costa por seu trabalho durante a intervenção na cidade.
"Nós temos um projeto claro para o Brasil, estamos fazendo mudanças importantes. É verdade que muitas dessas coisas não são ainda visíveis, mas eu tenho dito e reiterado que nossos indicadores, se comparados com outros ministérios de governos anteriores, na área da Saúde, são bons. Eu tenho certeza de que a saúde será uma das vitrines nas eleições de 2006", disse ele, após ser questionado se tinha ficado satisfeito com o elogio do presidente Lula.
Costa disse ontem também que Lula "tinha todas as peças do jogo para tomar a decisão" e acrescentou que "foi a decisão mais correta". O ministro visitou um hospital de campanha da Aeronáutica, montado sob lonas no clube de campo da Força na zona oeste do Rio. Ontem, a unidade fez mais de 300 atendimentos. "Na verdade, eu estou tentando cumprir meu trabalho desde o primeiro dia que entrei no ministério", disse Costa.
Antes da intervenção no Rio, o ministro passava por uma má fase, em razão de crise no abastecimento de remédios contra a Aids, atribuída pela pasta a um problema com fornecedores. O ex-secretário de Ciência do ministério, Luiz Carlos Bueno de Lima, ligado ao PP, acusou Costa de ignorar alerta sobre a crise. Foi demitido e acusado pelo governo de mentir.
A rede hospitalar do município do Rio está sob estado de calamidade pública, decretado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês, e seis hospitais municipais sob intervenção federal.
A administração Cesar Maia (PFL), que foi lançado pelo seu partido como um pré-candidato à Presidência da República, tem acusado o governo federal de ter interesse político na intervenção. A União nega e diz que o prefeito do Rio não soube administrar sua rede de hospitais.


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