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Saúde é vitrine, diz "prestigiado" Costa
FABIANE LEITE
DA SUCURSAL DO RIO
Sobrevivente da reforma ministerial, após semanas na lista de demissionários, o ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou ontem no Rio que sua pasta "será
uma das vitrines nas eleições de
2006". Anteontem, após reunião
com os novos ministros, o governo divulgou elogios feito por Lula
a Costa por seu trabalho durante a
intervenção na cidade.
"Nós temos um projeto claro
para o Brasil, estamos fazendo
mudanças importantes. É verdade que muitas dessas coisas não
são ainda visíveis, mas eu tenho
dito e reiterado que nossos indicadores, se comparados com outros ministérios de governos anteriores, na área da Saúde, são bons.
Eu tenho certeza de que a saúde
será uma das vitrines nas eleições
de 2006", disse ele, após ser questionado se tinha ficado satisfeito
com o elogio do presidente Lula.
Costa disse ontem também que
Lula "tinha todas as peças do jogo
para tomar a decisão" e acrescentou que "foi a decisão mais correta". O ministro visitou um hospital de campanha da Aeronáutica,
montado sob lonas no clube de
campo da Força na zona oeste do
Rio. Ontem, a unidade fez mais de
300 atendimentos. "Na verdade,
eu estou tentando cumprir meu
trabalho desde o primeiro dia que
entrei no ministério", disse Costa.
Antes da intervenção no Rio, o
ministro passava por uma má fase, em razão de crise no abastecimento de remédios contra a Aids,
atribuída pela pasta a um problema com fornecedores. O ex-secretário de Ciência do ministério,
Luiz Carlos Bueno de Lima, ligado ao PP, acusou Costa de ignorar
alerta sobre a crise. Foi demitido e
acusado pelo governo de mentir.
A rede hospitalar do município
do Rio está sob estado de calamidade pública, decretado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva no
início do mês, e seis hospitais municipais sob intervenção federal.
A administração Cesar Maia
(PFL), que foi lançado pelo seu
partido como um pré-candidato à
Presidência da República, tem
acusado o governo federal de ter
interesse político na intervenção.
A União nega e diz que o prefeito
do Rio não soube administrar sua
rede de hospitais.
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