LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Promotores e procuradores paulistas reúnem-se hoje para eleger o próximo procurador-geral de Justiça de São Paulo, que irá comandar a instituição no biênio 2006-2007. A lista com os nomes dos três candidatos mais votados será encaminhada, na segunda-feira, para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a quem compete a escolha final.
Ao contrário do previsto, Alckmin, que já anunciou a saída dele do governo até o dia 31 para disputar a Presidência da República, poderá transferir a responsabilidade de indicar um nome para o vice-governador Cláudio Lembo (PFL). A partir do recebimento da lista tríplice, o governador tem 15 dias para se manifestar.
Pela tradição, o governador escolhe o nome mais votado pela classe. Essa regra, no entanto, já foi quebrada no passado pelo governador Mario Covas (PSDB), que morreu em 2001.
Quatro candidatos estão na disputa pela Procuradoria Geral, entre eles Rodrigo César Rebello Pinho, que se afastou do cargo de procurador-geral para tentar a reeleição -ele voltará ao cargo no próximo domingo.
Concorrem ainda o ex-diretor da Escola Superior da Ministério Público Luís Daniel Pereira Cintra, o ex-corregedor-geral Carlos Henrique Mund e o procurador René de Carvalho.
Com exceção de Pinho, que disse que um procurador-geral não deve manifestar seu voto em partidos políticos, todos os outros três declararam preferir Alckmin ao presidente Lula (PT) numa disputa presidencial.
Segundo o Ministério Público, 1.492 promotores e 202 procuradores têm direito a voto. Em São Paulo, a eleição será das 8h às 17h, no interior, das 8h às 13h. Segundo o órgão, os mais votados serão conhecidos na noite de sábado.


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