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Aprovação cai mais entre pobres e no Nordeste
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda no índice de ótimo/
bom no desempenho do presidente Lula (de 52% para 48%)
foi maior entre as faixas da população que mais o apóiam e
que garantiram a sua reeleição
em 2006: os menos escolarizados, os mais pobres e os habitantes das regiões Nordeste e
Norte/Centro-Oeste.
Entre esses brasileiros, mais
fortemente atendidos pelos
programas sociais e beneficiados pela melhora da distribuição de renda, Lula ainda continua mais bem avaliado do que
na média do país. Mas uma evidente erosão ocorreu entre o
auge de sua popularidade na
reeleição e a semana passada.
No Nordeste, a taxa de ótimo/bom de Lula caiu nove
pontos percentuais, de 68% para 59%. No Norte/Centro-Oeste, a queda foi de seis pontos, de
55% para 49%. No Sul, que
sempre avaliou com mais rigor
o presidente, houve nova queda
-de cinco pontos, para 36%. O
Sudeste ficou estável.
O mesmo ocorreu entre os
entrevistados mais pobres,
com renda familiar mensal até
cinco salários mínimos (R$
1.750). Entre eles, a avaliação
positiva de Lula caiu cinco pontos, para 50%.
Já em relação à escolaridade,
a avaliação positiva de Lula
perdeu quatro pontos entre os
que têm só até o ensino fundamental (foi para 54%) e seis
pontos entre os que foram até o
ensino médio (44% agora).
"No segundo turno da eleição
[em 29 de outubro], Lula teve
uma reação em relação ao final
do primeiro turno. É natural
que, após a campanha, ele perdesse alguns pontos", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. "Mas o interessante é
que Lula mantém o mesmo patamar de avaliação positiva do
primeiro turno. Normalmente,
governantes perdem popularidade após o início do governo",
afirma.
(FCZ)
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