Segundo nota, banco aguarda PF informar os alvos de "ação supostamente criminosa"

Conselho de Administração do BNDES não participa de questões como definição de empréstimos, diz o banco; papel é analisar estratégias

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES informou que pode suspender os empréstimos sob suspeita na Operação Santa Tereza e adotar medidas legais. Em nota, disse que aguarda a divulgação pela Polícia Federal das operações do banco que podem ter sido alvo de "ação supostamente criminosa".
"Em respeito aos princípios de transparência e rigor na utilização dos recursos públicos sob sua responsabilidade, o banco informa que já se colocou à disposição da PF para colaborar com as investigações e tem o máximo interesse no rápido esclarecimento dos fatos."
Os empréstimos costumam ser liberados em parcelas, de acordo com o andamento dos projetos financiados. De acordo com o BNDES, o banco faz um acompanhamento dos projetos que financia.
Foi preso ontem um dos representantes do Conselho de Administração do BNDES, o advogado Ricardo Tosto, indicado pela Força Sindical. Segundo o banco, o conselho não participa de questões operacionais, como a definição de empréstimos. Seu papel, diz, é analisar aspectos estratégicos, como políticas gerais, áreas prioritárias de desenvolvimento ou questões como aumento do quadro de funcionários.
O conselho se reúne a cada três meses e inclui representações de trabalhadores, empresários e governo. Segundo o BNDES, embora não haja uma prerrogativa oficial para que as entidades escolham um representante, trata-se de uma tradição. A lista inclui os ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento), Carlos Lupi (Trabalho) e Paulo Bernardo (Planejamento), além de representantes do empresariado, como Eduardo Eugenio Vieira (Firjan) e Paulo Skaf (Fiesp). (JANAINA LAGE)


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