|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Barbosa e Mendes só vão se rever em maio
Por motivo de saúde, Joaquim Barbosa, que protagonizou bate-boca com o presidente do STF, não irá a sessões na próxima semana
Pedido de ausência foi feito antes da discussão, mas, para ministros, adiamento de reencontro é "positivo'; temor é que mal-estar siga
Ailton de Freitas/Agência O Globo
|
|
Alunos, ex-alunos e professores da UnB durante protesto contra Gilmar Mendes em frente ao STF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DO ENVIADO A GOIÂNIA
O reencontro entre os ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal) Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, protagonistas
de uma das mais duras discussões da história da corte, só
acontecerá em maio.
Barbosa já havia informado à
Secretaria de Sessões do tribunal -antes mesmo do ocorrido- que, por motivo de saúde,
estará ausente das sessões plenárias na próxima semana,
quando se reencontraria com
Mendes pela primeira vez em
uma sessão após a discussão.
Na semana passada, assessores de Barbosa informaram ao
STF que ele se ausentará do
trabalho para fazer exames relacionados a complicações crônicas na coluna vertebral.
Apesar da coincidência, ministros da corte avaliam que o
adiamento do encontro é "positivo". Publicamente, Mendes
diz que o mal-estar causado pela contenda está "superado" e
"encerrado" e nega a existência
de crise. Outros ministros, como Celso de Mello, Carlos Ayres Britto e Ricardo Lewandowski, consideram que o episódio foi "lamentável", mas
tentam convencer Barbosa de
que a "normalidade institucional" deve prevalecer.
Nos bastidores, porém, os
ministros temem que o mal-estar continue. Isso porque, de
um lado, Barbosa não se mostra
arrependido e diz que respondeu a provocações. Do outro,
colegas próximos a Mendes
avaliam que ele também não
demonstra arrependimento.
Diferentemente de quinta,
quando os ministros continuaram as conversas para acalmar
os ânimos, os dois protagonistas da discussão passaram o dia
de ontem fora de Brasília.
Barbosa esteve no Rio para
tratar do caso do mensalão. Em
Goiânia, onde participou do
lançamento da defensoria pública de Goiás, Mendes disse
que é hora de reflexão sobre "as
consequências" do ocorrido para cada um "assumir suas responsabilidades" .
A Executiva Nacional do
DEM divulgou nota oficial de
apoio ao presidente do Supremo. Já um grupo de professores, alunos e ex-alunos da UnB
fizeram um ato em frente ao
STF contra Mendes.
(ANDRÉA MICHAEL E FELIPE SELIGMAN)
O repórter FELIPE SELIGMAN viajou o trecho Goiânia-Brasília a convite do STF
Texto Anterior: Congelado: Câmara bloqueia salário de Edmar por processo trabalhista Próximo Texto: No Rio, Barbosa recebe apoio após bate-boca no STF Índice
|