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outro lado
Ocupação de imóvel é parte da segurança de Lula, diz Planalto
Direção do PT afirma que não comentará caso enquanto TSE não julgar contas do partido, mas alega que lei foi cumprida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por meio de sua assessoria, o
Palácio do Planalto informou
que "a ocupação do apartamento preenche uma necessidade
de segurança da Presidência da
República".
"Essa necessidade foi satisfeita durante o período em que
o PT foi locatário do imóvel para manter o arquivo do Instituto de Cidadania, doado pelo
presidente da República ao
partido. E, posteriormente,
quando o PT encerrou o contrato de locação, essa necessidade foi satisfeita com a locação pela Presidência. Hoje o
imóvel serve de base de apoio
para a segurança, sobretudo na
área de comunicações", completou a assessoria.
O Planalto confirmou que familiares do presidente usam o
imóvel. "O apartamento foi freqüentado, tanto no período da
ocupação pelo PT quanto agora, por diversas pessoas da relação do presidente, inclusive familiares." Segundo a assessoria, "a segurança do presidente
não se esgota na figura dele, ela
se estende aos seus familiares".
A Presidência destacou que o
apartamento pertencente à família de Lula, o número 122,
não conta com tratamento
acústico. Se o imóvel 121 estivesse ocupado por estranhos,
informações de segurança de
Estado não estariam protegidas, uma vez que o presidente
costuma ter reuniões de trabalho em sua residência, salientou o Planalto.
A assessoria do Palácio lembrou que o presidente Lula não
convive com vizinhos nem no
Palácio Alvorada nem na Granja do Torto e que essa "liturgia"
tem que ser mantida também
em sua residência particular.
PT
O presidente nacional do PT,
deputado Ricardo Berzoini
(SP), e o secretário de Finanças
do partido, Paulo Ferreira, disseram que não iriam se pronunciar sobre o caso enquanto
o Tribunal Superior Eleitoral
não julgar as contas da legenda,
com base no trabalho da equipe
técnica do tribunal, que sugeriu
a rejeição das contas do PT de
2006. "Eu não fui oficiado disso
ainda. Então eu não posso responder sobre algo que eu não
tenho conhecimento. Meus advogados ainda não trabalharam
nisso", disse Ferreira.
Apesar de dizer que não tomou conhecimento do trabalho da equipe técnica do TSE,
Ferreira afirmou que o PT provará que todos os gastos com
recursos do fundo partidário
seguiram exatamente o que determina a lei.
"Eu tenho justificativa sobre
todos esses itens. Só que eu só
vou me manifestar a partir do
momento que eu receber o relatório, formalmente, do relator [do TSE]. Nós só usamos o
dinheiro do fundo partidário
para aquelas rubricas previstas
em lei", disse.
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