São Paulo, segunda, 25 de maio de 1998

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Descontentes dizem que não votarão em Lula

em São Paulo e da Reportagem Local

Quando a derrota de Palmeira começou a se configurar, militantes do PT fluminense gritaram um aviso das arquibancadas: "Ô, Lula, presta atenção, não tem campanha com intervenção".
Com o veto definitivo à candidatura de Palmeira, integrantes de grupos mais ortodoxos do PT confirmaram a ameaça e disseram que não vão mais votar em Lula para presidente da República.
"Não voto no Lula e não faço campanha. A democracia do partido foi maculada por acordos espúrios. Estou no PT há 18 anos e nunca vi uma coisa dessas", afirmou Mário Lázaro, 35, professor.
A professora Sônia Santana, 41, defende o recurso à Justiça para salvar a candidatura de Palmeira.
Ela disse que desistiu de votar em Lula "por uma questão de princípio". "Ele (Lula) compactuou com tudo o que aconteceu aqui", afirmou.
Deixar de votar em Lula, porém, não é uma decisão consensual entre os militantes, e há controvérsias sobre o apoio ao recurso na Justiça. Já é certo, porém, que os ortodoxos não vão participar da campanha de Anthony Garotinho (PDT) ao governo do Rio.



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