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ELEIÇÕES 2004
Aécio não terá candidato a prefeito nem a vice para evitar atrito com PT
PSDB sai do centro da disputa em BH
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Numa articulação capitaneada
pelo governador tucano de Minas
Gerais, Aécio Neves, o PSDB ficará fora do centro da disputa pela
Prefeitura de Belo Horizonte. Embora coligado com o PSB do deputado estadual João Leite, o candidato a prefeito, a vaga de vice será do PMDB, que deve anunciar
hoje o nome da ex-deputada federal Maria Elvira.
"Não se faz política apenas disputando eleições ou encabeçando
chapas majoritárias", discursou
Aécio ontem na sede do PSDB,
onde ocorreu o anúncio da coligação, com toda a cúpula tucana
presente, incluindo o ex-ministro
Pimenta da Veiga e o senador
Eduardo Azeredo.
O arranjo é conveniente a Aécio,
que quer se preservar durante a
disputa eleitoral e não se indispor
com o PT.
Apesar disso, o governador afirmou que, para "cessarem as especulações", os jornais deveriam
publicar: "O governador Aécio
Neves governará o Estado durante todo o período eleitoral, mas o
militante político e filiado ao
PSDB Aécio Neves acompanha
seu partido e dá seu apoio e seu
voto ao companheiro João Leite".
Participar da campanha ainda é
uma incógnita. Questionado sobre isso, Aécio se esquivou e afirmou que cabe ao PSDB definir a
sua participação.
"No que depender da minha
disposição pessoal, continuarei
tendo a mesma boa relação administrativa que venho tendo com o
prefeito Fernando Pimentel [candidato do PT à reeleição], um homem extremamente qualificado."
Acordo com Lula
Na recente viagem que Aécio fez
com o presidente Lula à China,
eles fecharam acordo de não-agressão e de não-uso da máquina pública na eleição em Belo Horizonte, apurou a Agência Folha.
Lideranças tucanas, no entanto,
afirmaram que isso não impede
que Lula apareça no programa
eleitoral de Pimentel e que Aécio
faça o mesmo no de Leite.
Ontem, entre os vários discursos, ninguém fez criticas ao PT.
Não houve nem sequer referência
ao partido rival.
Aécio trabalha preocupado com
seu futuro, com uma possível reeleição em 2006 ou até uma eventual candidatura à Presidência da
República.
"Meu governo é formado por
uma grande coligação de partidos
políticos. E é bom para Minas que
essa coligação permaneça e se
consolide", disse Aécio.
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