São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002 |
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PAINEL Segurar no laço FHC utilizará a tinta que resta em sua caneta presidencial para evitar defecções de governadores e prefeitos que apóiam José Serra em favor da campanha de Ciro Gomes. O Planalto já avisou que quem abandonar o barco tucano terá menos recursos federais neste final de mandato. Critério político Após o corte de R$ 4 bilhões anunciado anteontem no Orçamento, poucas emendas serão liberadas e várias obras, paralisadas. Por isso, apenas os governadores, prefeitos e parlamentares que apoiarem Serra efetivamente terão recursos. Pior que o soneto O PSDB não tomará nenhuma medida contra Tasso Jereissati, que manifestou indiretamente apoio a Ciro em comícios no CE. Uma punição seria a desculpa que o tucano cearense precisa para pedir voto ostensivamente para o candidato do PPS e liderar uma dissidência na sigla. Guerra de bastidor A ex-deputada federal Moema Santiago (PSDB-CE), inimiga de Ciro Gomes, está municiando o comitê de Serra com denúncias contra o candidato do PPS. Casca de banana Candidatos a presidente começaram a colocar "jornalistas-espiões" para acompanhar os adversários. Nas entrevistas coletivas, a ordem é para que façam perguntas "provocativas". Conta de português O corte de R$ 41 mi no Judiciário vai novamente atrasar a retomada da obra de conclusão do fórum do TRT de SP, marcado pelo escândalo do juiz Nicolau. Como a obra está parada desde 98, o TRT paulista já gastou R$ 30 mi em aluguéis de prédios para abrigar as varas trabalhistas. São R$ 500 mil todo mês. Ato falho De Esperidião Amin (PPB-SC), ao chegar para a reunião dos governadores de apoio à candidatura Serra: "Estou trazendo minha solidariedade". Correção de rumo Para escapar da expressão "Serra e Rita" ("serra irrita'), cabos eleitorais de Joaquim Roriz (PMDB) testaram outra saída, em gritos de guerra intermináveis na frente do comitê do tucano, onde ocorreu a reunião de governadores: "Serra e Camata". Caminhão de dinheiro Duas toneladas e meia em moedas de R$ 0,10. Essa seria a carga que os empresários de ônibus de Santo André, cidade governada pelo PT de Lula, teriam de transportar em um dia de cada mês, se for verdadeira a explicação de que o dinheiro recolhido, em vez de propina, seria para gerar troco nos ônibus. Chumbo trocado A conta sobre o transporte das moedas foi feita pela família Gabrilli, de onde partiram as principais acusações de propina na gestão petista de Santo André. A alegação de que a arrecadação na verdade seria apenas troco foi apresentada por uma das empresas acusadas durante as sessões da CPI da Câmara. Tempos modernos Luiz Antonio de Medeiros é outro deputado do PL de São Paulo, candidato à reeleição, que começou a espalhar faixas pela cidade pedindo voto para a dupla Lula-Maluf. Até agora, ninguém do PT reclamou. Sucesso emprestado O jingle da campanha de Quércia ao Senado e Fernando Moraes (PMDB) ao governo em SP será uma versão da música "A Banda", de Chico Buarque. Ajuda do além O impacto da queda da arrecadação em SP só não foi maior nas contas do Estado porque o caixa recebeu R$ 50 mi (suficiente para construir quase meio quilômetro de metrô) de imposto sobre heranças. Um empresário morreu deixando R$ 1 bi de herança. TIROTEIO De Dante de Oliveira (PSDB), ex-governador do MT e candidato ao Senado, ironizando o fato de o plano de governo de Lula prometer gerar 10 milhões de empregos e dobrar o poder de compra do salário mínimo: - Prometer é fácil. Lula só não diz de onde o PT vai conseguir tirar o dinheiro para viabilizar tudo isso. CONTRAPONTO Clone petista
A cúpula do PT se reuniu anteontem na Câmara dos Deputados, em Brasília, para o lançamento do programa de governo
da campanha de Lula. |
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