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Empréstimos
de Valério são atípicos, diz BC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Folha apurou que o Banco
Central considerou "atípicos" os
empréstimos concedidos pelo
BMG e pelo Banco Rural a duas
empresas do publicitário Marcos
Valério de Souza (a SMPB e a
Graffiti) e a seu sócio Rogério Tolentino. O BC também teria recomendado às instituições que incluíssem tais empréstimos na
conta de eventuais prejuízos.
Passa de R$ 93 milhões o saldo
devedor dos cinco empréstimos
que Valério afirma ter tomado no
BMG e no Rural a pedido de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
As operações são analisadas pela CPI dos Correios. Os parlamentares buscam nos documentos
bancários depósitos de empresas
privadas nas contas de Valério.
O valor original dos empréstimos listados por Marcos Valério
era de R$ 57,5 milhões. O maior
deles, no valor original de R$ 15,7
milhões, foi concedido em janeiro
do ano passado à Graffiti, empresa que detém participação da
DNA, uma das duas agências de
Valério, e funciona no mesmo endereço da agência SMPB.
O empréstimo concedido à
Graffiti pelo BMG tinha como garantia o contrato de publicidade
então recém-fechado da SMPB
com os Correios, suspenso por
causa do escândalo. A operação
foi fechada no mesmo dia em que
a SMPB liquidava empréstimo tomado em fevereiro de 2003 pela
agência. Na prática, significou
uma troca de dívidas.
O único pagamento registrado
pelo BMG, no valor de R$ 2,3 milhões, a título de amortização de
encargos, coincide com um novo
empréstimo do banco à SMPB em
valor superior: R$ 3,5 milhões. O
banco afirmou que pretende cobrar o empréstimo na data do
vencimento, em setembro.
O Banco Rural afirmou que as
operações de crédito estão em vigor e com os encargos financeiros
computados até seu vencimento.
"Após essa data, caso não seja pago, o Banco Rural adotará medidas judiciais para garantir o recebimento desses valores."
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