São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

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Marta e Alckmin dividem liderança da disputa em SP

Kassab (11%) tem oscilação negativa e está em 3º, empatado tecnicamente com Maluf (8%)

Vantagem da petista sobre o tucano caiu de sete para quatro pontos percentuais; 3% dos eleitores dizem não saber em quem vão votar

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A 25 dias do início da propaganda na TV e no rádio, a candidata do PT, Marta Suplicy, e o tucano Geraldo Alckmin dividem, tecnicamente empatados, a liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo, revela o Datafolha. Segundo pesquisa realizada ontem e anteontem, Marta tem 36% das intenções contra 32% de Alckmin.
Na pesquisa anterior -de 3 e 4 de julho- Marta liderava a disputa com 38% da preferência. Alckmin tinha 31%. De lá para cá, a vantagem de Marta sobre Alckmin caiu de sete para quatro pontos percentuais. Ela sofreu uma oscilação negativa de dois pontos e o tucano teve variação positiva de um ponto.
Antes com 13% das intenções de voto, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), teve uma variação negativa de dois pontos percentuais e -com 11%- está tecnicamente empatado na terceira colocação com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que se mantém com 8%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Datafolha ouviu 1.099 pessoas ontem e anteontem. A pesquisa foi realizada numa parceria entre a Folha e a TV Globo.
Para o diretor de pesquisa do Datafolha, Alessandro Janoni, "o cenário é de polarização". "Hoje, a grande maioria do eleitorado está dividida entre dois candidatos", disse.
Marta discorda: "Não está ainda polarizando porque quando começa a [campanha na] TV que é que você vê, nas primeiras semanas, para onde vai caminhar", afirmou. Kassab não foi localizado e Alckmin está em viagem na Colômbia.
Ainda segundo Janoni, seria necessária mais uma rodada de pesquisa para conferir se Kassab enfrenta tendência de queda. Essa é apenas a segunda pesquisa Datafolha desde a oficialização das candidaturas.
Comparável às anteriores, a pesquisa espontânea aponta para essa trajetória descendente. Segundo a espontânea -em que o eleitor declara seu voto antes da apresentação da lista de candidatos-, Kassab sofreu queda de seis pontos do dia 15 de maio até julho, passando de 13% para os atuais 7%. Ainda segundo o Datafolha, Marta lidera hoje a espontânea com 22%. Alckmin tem 13%.
Os kassabistas apostam na propaganda gratuita para a reversão dos números. A preocupação é resistir até o dia 19 de agosto sem inaugurações.
Os últimos 20 dias coincidem com o período de afastamento do governador José Serra (PSDB) da cena política. Desde o dia 6, início oficial da campanha, Kassab está proibido de participar de inaugurações, que funcionavam como pretexto para aparições ao lado do governador. Longe de palanques, Serra também pôs um pé na candidatura do PSDB. A pedido de Alckmin, o governador passou a recomendar potenciais doadores. E vereadores tucanos tiveram de se render à candidatura.
A 73 dias do primeiro turno, o Datafolha também consultou eleitores sobre seu grau de convicção. Segundo a pesquisa, 3% dos entrevistados dizem não saber em quem votar. Dos que declararam o voto, 26% admitiram que podem mudar, sendo que 79% dos eleitores de Marta se disseram decididos contra 69% de Alckmin e 66% de Kassab. Alckmin é o que tem mais chances de receber voto dos indecisos: 38%, enquanto 21% disseram que poderiam votar em Marta e 7%, em Kassab.


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