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Marta e Alckmin dividem liderança da disputa em SP
Kassab (11%) tem oscilação negativa e está em 3º, empatado tecnicamente com Maluf (8%)
Vantagem da petista sobre o tucano caiu de sete para quatro pontos percentuais; 3% dos eleitores dizem não saber em quem vão votar
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A 25 dias do início da propaganda na TV e no rádio, a candidata do PT, Marta Suplicy, e o
tucano Geraldo Alckmin dividem, tecnicamente empatados,
a liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo, revela o
Datafolha. Segundo pesquisa
realizada ontem e anteontem,
Marta tem 36% das intenções
contra 32% de Alckmin.
Na pesquisa anterior -de 3 e
4 de julho- Marta liderava a
disputa com 38% da preferência. Alckmin tinha 31%. De lá
para cá, a vantagem de Marta
sobre Alckmin caiu de sete para
quatro pontos percentuais. Ela
sofreu uma oscilação negativa
de dois pontos e o tucano teve
variação positiva de um ponto.
Antes com 13% das intenções
de voto, o prefeito de São Paulo
e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), teve uma variação negativa de dois pontos
percentuais e -com 11%- está
tecnicamente empatado na terceira colocação com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que se
mantém com 8%. A margem de
erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Datafolha ouviu 1.099 pessoas ontem e anteontem. A pesquisa foi realizada numa parceria entre a Folha e a TV Globo.
Para o diretor de pesquisa do
Datafolha, Alessandro Janoni,
"o cenário é de polarização".
"Hoje, a grande maioria do
eleitorado está dividida entre
dois candidatos", disse.
Marta discorda: "Não está
ainda polarizando porque
quando começa a [campanha
na] TV que é que você vê, nas
primeiras semanas, para onde
vai caminhar", afirmou. Kassab
não foi localizado e Alckmin está em viagem na Colômbia.
Ainda segundo Janoni, seria
necessária mais uma rodada de
pesquisa para conferir se Kassab enfrenta tendência de queda. Essa é apenas a segunda
pesquisa Datafolha desde a oficialização das candidaturas.
Comparável às anteriores, a
pesquisa espontânea aponta
para essa trajetória descendente. Segundo a espontânea -em
que o eleitor declara seu voto
antes da apresentação da lista
de candidatos-, Kassab sofreu
queda de seis pontos do dia 15
de maio até julho, passando de
13% para os atuais 7%. Ainda
segundo o Datafolha, Marta lidera hoje a espontânea com
22%. Alckmin tem 13%.
Os kassabistas apostam na
propaganda gratuita para a reversão dos números. A preocupação é resistir até o dia 19 de
agosto sem inaugurações.
Os últimos 20 dias coincidem com o período de afastamento do governador José Serra (PSDB) da cena política.
Desde o dia 6, início oficial da
campanha, Kassab está proibido de participar de inaugurações, que funcionavam como
pretexto para aparições ao lado
do governador. Longe de palanques, Serra também pôs um
pé na candidatura do PSDB. A
pedido de Alckmin, o governador passou a recomendar potenciais doadores. E vereadores tucanos tiveram de se render à candidatura.
A 73 dias do primeiro turno,
o Datafolha também consultou
eleitores sobre seu grau de convicção. Segundo a pesquisa, 3%
dos entrevistados dizem não
saber em quem votar. Dos que
declararam o voto, 26% admitiram que podem mudar, sendo
que 79% dos eleitores de Marta
se disseram decididos contra
69% de Alckmin e 66% de Kassab. Alckmin é o que tem mais
chances de receber voto dos indecisos: 38%, enquanto 21%
disseram que poderiam votar
em Marta e 7%, em Kassab.
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