São Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009

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Serra acha difícil prever peso eleitoral de Marina

Governador paulista diz que pode ser candidato à Presidência ou à reeleição

Aécio Neves diz no Rio que o PV está mais próximo do PSDB e que gostaria de ter os verdes como aliados já no primeiro turno da sucessão


SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

A saída da senadora Marina Silva (AC) do PT, sua entrada no PV e na disputa presidencial de 2010 criaram um fato cujas consequências são difíceis de prever, disse o governador José Serra (PSDB), que lidera as principais pesquisas de intenção de voto à sucessão de Lula.
"Foi um fato político sem dúvida nenhuma, esse é o dado fundamental", disse o governador de São Paulo na entrada do Banco Mundial, em Washington, cidade onde passou o dia para apressar um empréstimo para estradas vicinais. "Mas como vai ser a campanha dela, que efeito direto vai ter etc., é muito difícil de prever."
Na pesquisa Datafolha mais recente, Marina chega a 3% das intenções de voto. Serra lidera com percentuais que vão de 32% a 44%. Já Dilma Rousseff (PT) tem entre 16% e 24%.
Serra evitou fazer análises. "Para mim, então, que posso vir a ser candidato, mais complicado ainda é prever e ficar falando", disse ele, respondendo a uma pergunta da Folha.
Sim, o tucano assume que é candidato -não diz a quê. "Vou ser, existem possibilidades, eu posso ir à reeleição [ao governo estadual] e posso me candidatar a presidente. Certamente será uma dessas duas coisas."
Indagado sobre a chamada chapa "puro-sangue", composição com o governador Aécio Neves (MG), ele desconversa. "Se você falar chapa "puro-sangue", pressupõe que um vai ser vice do outro, logo está tirando alguém da jogada rapidamente." Para ele, Aécio "é um excelente nome também para ser candidato a presidente".
Sobre a responsabilidade de estar à frente nas pesquisas, diz que os levantamentos criam o fato político. "Isso é indiscutível. Mas eu não tenho por que me dobrar ao fato político. A gente tem de ter muita firmeza." E cita o sambista Lupicínio Rodrigues: "Lembra? "Nervos de Aço" e ficar concentrado naquilo que é importante."
Serra acha precipitado falar tanto de sucessão como do modelo para o pré-sal. Sobre o segundo, acha que tem tempo: "Tem de ser um processo muito debatido, com uma espécie de audiência pública, não apenas com o Congresso, que é a instância que vai votar, mas também com os governos e com os municípios das regiões onde se vai extrair mais petróleo e com a opinião pública".

Aécio
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, disse ontem no Rio que o PV está mais próximo do PSDB do que do PT e que gostaria de ter os verdes como aliados já no primeiro turno. "Vejo hoje uma proximidade maior do PV conosco do que com o próprio governo. Até porque a ministra Marina tem sido muito crítica em relação à condução da política ambiental", disse Aécio após seminário promovido por "O Globo".

Colaborou a Sucursal do Rio



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