São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

O truque

O site Talking Points Memo se perguntava no início da noite, sobre a repercussão de mídia: "O truque está funcionando?". "Wall Street Journal" e Fox News ainda insistiam na "suspensão" da campanha por John McCain. Mas "New York Times" e "Washington Post" já traziam em manchete a resposta de Barack Obama, mantendo o debate.

 

Drudge seguia com o republicano, mas acima da manchete trazia a informação de que o apresentador David Letterman, suspensa a entrevista com McCain, havia gravado piadas como "O que vai fazer se, eleito, as coisas ficarem ruins? Suspender ser presidente?". Depois entrou no YouTube, antes até da transmissão, com a revolta do comediante ao saber -e mostrar imagens ao vivo- de uma entrevista do republicano, no mesmo horário, na mesma CBS.
Já antes o site Politico ressaltava a opinião de um republicano, sobre a suspensão, "Oh, quem foi o idiota que apareceu com esse truque?".

LULA & LARRY

Em reportagem com chamada na primeira página, o "New York Times" noticiou a "raiva na ONU" com Wall Street e George W. Bush. Destacou, como "discurso que refletiu o tom do encontro", as palavras de Lula: "Nós não podemos permitir que o peso da ganância sem limites de alguns caia sobre os ombos de todos". A reportagem era, entre outros, de Larry Rohter.

SOLUÇÃO GLOBAL
No "Financial Times", a atenção foi para o francês Nicolas Sarkozy e a proposta de um organismo que, com China, Índia e Brasil, erga um novo "capitalismo regulado". Lula entrou por sua defesa de regulação global.
O "WSJ" juntou França e Brasil no enunciado sobre os líderes que cobram "solução global para a crise financeira". Em tom opinativo, elogiou o Banco Central "falcão" e questionou os projetos sociais "populistas" de Lula.

"THE LUCKIEST"
No "FT", o correspondente Jonathan Wheatley diz que "a confiança do Brasil acumula problemas para o futuro" se vier a elevar gastos.
Porém, abrindo e tomando a maior parte do texto, aponta "inveja" no exterior diante da economia, da desigualdade menor etc. E arrisca que a crise confirma "o presidente mais sortudo da história", pois o país era ameaçado por "super-aquecimento" e agora vai "esfriar sem afetar demais o crescimento".

MAIS DINHEIRO

Diretores de Bradesco, Itaú e Unibanco surgiram nas primeiras páginas e até no rádio, nos últimos dias, para reafirmar a solidez do sistema diante da crise. E ontem até a economista Maria da Conceição Tavares surgiu em entrevista à Reuters para dizer que "os bancos brasileiros não estão metidos nesta ciranda".
Por outro lado, em manchete no UOL, mas pouco além, ontem, "Banco Central muda o compulsório e libera mais dinheiro". Segundo a Bloomberg, "um sinal de que a crise é pior do que se esperava", por aqui.

POR TUPI
latimes.com
O "Los Angeles Times" abordou longamente as novas reservas. Deu números, fotos e ouviu David Zylbersztajn, que comandou a agência de petróleo sob FHC, hoje na área privada. Ele quer manter o acesso das companhias ocidentais

HUGO CHÁVEZ E...
A agência chinesa Xinhua deu que Lula se encontra com Hugo Chávez na semana que vem. Seria a reunião "regular" que ambos acertaram, diz o Itamaraty. Segundo a agência, eles devem discutir Bolívia, petróleo etc.

O RAFAEL
De Nova York, em destaque da Agência Brasil ao "Jornal Nacional", Lula afirmou ter "certeza" de que o embargo do Equador à Odebrecht será resolvido. "Quando chegar a hora de falar com o Rafael (Corrêa), eu falarei."

MARTA E O TRÂNSITO

No alto da home page do UOL, ontem, em enunciado sobre a sabatina na Folha, "Marta atribui caos no trânsito a Gilberto Kassab e José Serra".

EM CAPÍTULOS
guardian.co.uk
Os jurados visitam a estação

No Reino Unido, TVs como a ITV, tablóides como o "Daily Mirror" e jornais de prestígio de "Telegraph" a "Time" e "Guardian" seguem dia após dia, com relatos detalhados dos novos capítulos, o julgamento da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes. Ontem, deram a visita do júri à estação de metrô, a sessão com o vídeo que precede sua morte e o depoimento de um primo.


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