|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Arma nuclear pode proteger pré-sal, diz Alencar
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente interino, José
Alencar, defendeu ontem que o
Brasil desenvolva armas nucleares como instrumento de
dissuasão e para proteger as reservas de petróleo encontradas
na camada do pré-sal. Segundo
Alencar, o governo ganhou respeitabilidade e credibilidade no
cenário internacional para discutir o assunto.
"Do ponto de vista da dissuasão é importante [desenvolver
armas nucleares], não adianta.
O Brasil para ser um país realmente forte tem que avançar
nisso aí. Especialmente para
fins pacíficos. E mesmo a arma
nuclear utilizada como instrumento dissuasório é de grande
importância para um país que
tem 15 mil quilômetros de fronteiras a oeste, tem um mar territorial e agora esse mar do pré-sal de 4 milhões de quilômetros
quadrados de área", disse.
Alencar afirmou que hoje o
Brasil não enfrenta problemas
com outros países, mas que essa realidade pode mudar pela
"cobiça" que o pré-sal pode gerar em outras nações. "Estamos
vendo aí o que tem sido feito da
nossa fronteira, pessoas que
entram com todo tipo de droga
e não fazemos nada. O que é isso? Nós temos que tomar conta
disso direito", afirmou.
Ele citou o Paquistão, dizendo que o país "senta na mesa"
com grandes nações porque
tem armas nucleares.
"Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa
para avançar nisso. O Paquistão tem coisas muito avançadas, mas são muito pobres [...]
Eles sentam à mesa porque eles
têm arma nuclear. É vantagem? É", concluiu.
Alencar disse que o Brasil é
signatário do Tratado de Não
Proliferação de Armas Nucleares. Para ele, a defesa do desenvolvimento de armas nucleares
para fins pacíficos não entra em
contradição nem com o tratado
nem com a Constituição.
Ele defende que o governo
"carimbe" recursos do Orçamento para as Forças Armadas.
"Acho que [deve ser fixada] alguma coisa entre 3% e 5% do
PIB. O sistema de defesa está
abandonado há muito tempo."
Texto Anterior: Caças: Antes de saber de acidente Jobim nega acordo com a França Próximo Texto: Ciro diz que sua candidatura leva ao 2º turno Índice
|