São Paulo, sexta-feira, 25 de setembro de 2009 |
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foco Dilma e Serra dividem palanque em evento em SP e trocam alfinetadas
ANA FLOR CATIA SEABRA DA REPORTAGEM LOCAL Apesar da distribuição de sorrisos e poses para fotos, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), trocaram alfinetadas ontem na abertura da quarta edição do Salão Imobiliário de São Paulo. Potenciais adversários na corrida presidencial, os dois dividiram o palanque na inauguração da feira. Primeira a discursar, Dilma afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava certo ao minimizar o impacto da crise internacional no país. À época, Serra fez prognóstico menos otimista. "O governo vem falando nos últimos meses que seríamos o primeiro país a sair da crise, apesar de termos sido um dos últimos a entrar. E isso está se confirmando", discursou ela. Crítico da falta de programas federais destinados a mutuários com renda de até três salários mínimos, Serra, por sua vez, enalteceu os projetos habitacionais de São Paulo. "Até há pouco, talvez a CDHU [companhia de habitação do Estado] fosse a única do Brasil, pelo volume e pela ênfase, a atender a essa faixa da população", discursou ele. Serra condenou uma política habitacional sem infraestrutura, sob pena de surgimento de conjuntos como o da Cidade Tiradentes, na zona leste. "Não se pode pensar mais em moradia como um conjunto habitacional com apartamentos demasiado pequenos e longe de tudo." O programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida é apontado como uma plataforma de lançamento de Dilma à Presidência. Num momento em que o PT costura com o comando do PMDB aliança em apoio a Dilma, Serra frisou a importância dos líderes regionais para a consolidação de apoios. "Não diria que [as relações locais] são mais importantes. Mas são ingredientes que a gente costuma esquecer e que na hora H têm uma presença muito forte", afirmou. Dilma disse não ter dúvidas sobre o apoio do PMDB. À saída, ao ganhar bala, Serra brincou: "Se fosse nos tempos dos Borgia [família italiana do fim do século 15 que se tornou célebre por escândalos], poderia ter veneno". Texto Anterior: PT e PMDB devem selar pré-aliança formal para 2010 Próximo Texto: Congresso 1: CNBB levará à Câmara projeto de "ficha limpa" Índice |
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