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Jarbas pede tropas do Exército
para segundo turno das eleições
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
E DO ENVIADO ESPECIAL A RECIFE
O TRE (Tribunal Regional Federal) aprovou ontem a utilização
de tropas federais no segundo turno das eleições em Recife. O pedido foi feito pelo governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), em razão do impasse na greve dos policiais militares do Estado.
O presidente nacional do PT,
José Dirceu, que está em Recife,
disse que falou com o presidente
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Néri da Silveira, e que ele lhe
informou que o pedido será atendido assim que chegar a Brasília.
Na sua solicitação, o governador alegou que não havia certeza
de que a greve dos PMs antes do
pleito. Segundo ele, mesmo que o
movimento acabasse esta semana, a tensão na cidade persistiria
A solicitação foi feita às 11h, menos de uma hora após o segundo
confronto entre policiais em greve e tropas que fazem a segurança
do Palácio do Campos das Princesas, sede do governo.
Jarbas estava em seu gabinete,
no terceiro andar do prédio,
quando houve o tiroteio. Ele estava despachando com secretários e
não percebeu o conflito.
O governador foi avisado pelo
capitão Tenório, seu ajudante-de-ordem. Houve apreensão no gabinete entre os secretários, e Jarbas
pediu calma. Afirmou que o acesso ao local estava protegido.
Cerca de cem policiais da guarda do palácio e tropas especializadas em combate na caatinga, com
fuzis, metralhadoras e bombas de
efeito moral, cuidam da segurança da sede do governo.
Mesmo assim, as bandeiras de
Pernambuco e do Brasil, que
anunciam a presença do governador no palácio, não foram hasteadas ontem em frente ao prédio.
Secretárias e funcionários administrativos foram liberados para retornar às suas casas, assim
que a situação na rua foi controlada. Jarbas não aceitou a presença
do Exército no local.
No final da tarde, em nota oficial, Jarbas afirmou que o governo
"não vai arrefecer", e que vai "fazer cumprir a lei e a ordem".
O secretário da Defesa Social,
Iran Pereira, anunciou também
que o Estado vai contratar mil reservistas para substituir parte dos
policiais em greve.
(FG e KA)
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