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RIO GRANDE DO SUL
Segundo pesquisa Cepa, da UFRGS, candidato peemedebista tem 59,6%, contra 40,4% de concorrente petista
Rigotto está 19,2 pontos à frente de Tarso
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Pesquisa Cepa, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande
do Sul), divulgada ontem mostra
que Germano Rigotto (PMDB)
reforçou o favoritismo para a conquista do governo gaúcho.
A diferença de Rigotto sobre o
seu adversário petista na disputa,
Tarso Genro, saltou de 14,8 pontos percentuais (levantamento
feito no dia 15) para 18,1 (na terça-feira) do total de intenção de votos: 56,5% a 38,4%.
Considerando exclusivamente
os votos válidos (sem contar os
votos indecisos e brancos e nulos), a distância é de 19,2 pontos
(59,6% de Rigotto, contra 40,4%
de Tarso Genro).
Foram consultados 1.763 eleitores em 49 municípios. A margem
de erro da pesquisa é de 2,4 pontos para mais ou para menos. Os
resultados foram publicados no
jornal ""Zero Hora".
Na primeiro pesquisa Cepa, no
dia 8, Rigotto liderava com 23
pontos (58,8% a 35,8%). Depois,
Tarso cresceu, ficando 14,8 pontos atrás. Agora, os dois candidatos oscilaram e ficaram mais longe um do outro. Rigotto foi de
54,5% para 56,5%. O petista, de
39,7% para 38,4%.
A pesquisa divulgada ontem é a
primeira desde o sábado, quando
o Centro de Pesquisas do diário
"Correio do Povo" apontou vantagem de 7,9 pontos dos votos totais a favor de Rigotto e o Ibope
mostrou o candidato do PMDB
23 pontos (58% a 35%) à frente.
Reviravolta
Um eventual fracasso do candidato Tarso Genro seria histórico
-uma vitória também-, no ano
em que o PT obtém seu maior
triunfo no país.
Mas o partido não se considera
batido, apontando inconsistência
e manipulação nos números do
Ibope e do Cepa.
O levantamento que o Centro
de Pesquisas do ""Correio do Povo" divulga hoje fundamenta as
suspeitas petistas.
O instituto do jornal afirma que
Germano Rigotto se mantém na
dianteira, mas que a distância
caiu. Na pesquisa publicada sábado, era de 7,9 pontos percentuais
do total de votos (51,2% a 43,3%).
Hoje, com trabalho de campo
feito ontem e anteontem, caiu para cinco pontos, com Tarso quase
na margem do empate técnico.
Rigotto tem 50%. Tarso, 45%. Foram ouvidos 2.013 eleitores em 81
cidades. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos para
mais ou para menos.
Dificuldades
Com ou sem reviravolta, a campanha do PT é marcada por enormes dificuldades. O governador
Olívio Dutra (PT), no Palácio Piratini há quase quatro anos, tem a
gestão mal avaliada.
O próprio partido impediu Olívio de concorrer à reeleição -o
prefeito de Porto Alegre, Tarso
Genro, venceu-o na prévia interna e abandonou o mandato para
disputar o governo do Estado.
O PT tenta grudar em Rigotto a
marca de governista, exibindo
suas relações com o presidente
Fernando Henrique Cardoso, de
quem foi líder na Câmara, e com o
candidato do PSDB à Presidência
da República, José Serra.
"Paz e amor"
Rigotto recusa a ""nacionalização" da campanha, mantém o
tom ""paz e amor", mas não deixa
de criticar o governo Olívio. Tem
o apoio do PSDB, do PFL, do PPB,
do PTB, do PPS e de anunciados
95% do PDT. O presidente do
PDT gaúcho, Pedro Ruas, que resolveu apoiar Tarso, foi afastado
por Leonel Brizola e substituído
por Vieira da Cunha, pró-Rigotto.
Ontem à tarde três pessoas se feriram no centro de Porto Alegre
em confronto entre adeptos das
duas campanhas. À noite, haveria
debate na RBS TV.
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