São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2005 |
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PAINEL Mão estendida O governo brasileiro formaliza hoje no Departamento de Justiça dos EUA o pedido para compartilhar com a CPI dos Correios os documentos relativos à movimentação financeira de Duda Mendonça no exterior, até agora só utilizados por Ministério Público, PF e Departamento de Recuperação de Ativos. Já vi esse filme Com a medida, o governo espera evitar a repetição do que ocorreu em 2001, quando as CPIs que investigaram o futebol não obtiveram autorização para ter acesso à movimentação de dirigentes, empresários e jogadores no exterior. Cerco total Em outra frente, os representantes da CPI dos Correios embarcam para Nova York semana que vem munidos de um "plano b" caso fracassem suas negociações com a Promotoria local. Foram identificados outros 16 órgãos que podem fornecer aos parlamentares as informações. À tiracolo A primeira parada dos parlamentares, se receberem um não da Promotoria em Nova York, será a capital Washington. Viajará com o grupo um perito contábil da Polícia Federal que já está debruçado sobre as contas do marqueteiro Duda Mendonça. Direto ao ponto Enquanto os tucanos, pelo menos em público, ainda se mostram reticentes em assumir o estrago causado pelas novas evidências da ligação entre Eduardo Azeredo (MG) e o valerioduto, no PFL o diagnóstico está fechado: foi péssimo para a oposição e ótimo para o PT. Tiro no pé 1 Ao criticar publicamente a política monetária de Henrique Meirelles (BC), o secretário Joaquim Levy (Tesouro) deu combustível a Dilma Rousseff e a Aloizio Mercadante, expoentes do "fogo amigo" contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda). Tiro no pé 2 Levy, que em tudo mais discorda da chefe da Casa Civil e do senador petista, acabou por ajudá-los a alimentar o ouvido de Lula contra a linha seguida por Palocci -chefe do secretário. Na equipe do ministro, ninguém entendeu. E passou a considerar Levy o macaco em casa de louças da área econômica. Um para um Expoentes do Conselho de Ética iniciaram corpo-a-corpo com os representantes de seus partidos na CCJ para neutralizar o lobby dos defensores de José Dirceu (PT-SP) pela aprovação na comissão do parecer de Darci Coelho (PP-TO) encerrando o processo contra o petista. Sem barreiras A defesa de José Dirceu, com mais um adiamento do conselho, conseguiu o que queria: a sessão da CCJ será realizada antes da votação do parecer de Júlio Delgado (PSB-MG), evitando o "fato consumado" contra o ex-ministro da Casa Civil. Hora da xepa A plenária em defesa de José Dirceu, realizada em um hotel de São Paulo no final de semana, se transformou em sessão para "descascar" a pré-candidatura do senador Aloizio Mercadante ao governo paulista. Chapa quente Alguns, como o próprio Dirceu, fizeram menções apenas indiretas a Mercadante. O ex-ministro disse que o "fogo amigo" do partido intensificou a crise. Piso mínimo A única chance de se chegar a um acordo hoje para a votação da medida provisória 255, a herdeira da MP do Bem, é o governo concordar em manter a extensão do Simples. Caso contrário, terá de ir a voto, o que, nos dias de hoje, é sempre um risco. TIROTEIO Do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) sobre Paulo Ferreira, sucessor de Delúbio Soares no comando das contas do PT que não quer ser chamado de "tesoureiro" por considerar o termo "depreciativo". -Depois de inventar o termo "recursos não contabilizados" para designar caixa dois, o PT agora procura uma nova palavra para se referir a tesoureiro. No partido de Lula, corrupção virou questão semântica. CONTRAPONTO Porta da esperança
Em 2003, quando ainda ocupava sua vaga de deputado federal pelo PT, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi
abordado por um estudante de
direito ao término de um debate
sobre reforma tributária em
Londrina (PR), sua base: |
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