São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / BELO HORIZONTE

Lacerda e Quintão trocam acusações sobre patrimônio

Indagado sobre denúncias, peemedebista lembra que adversário é candidato mais rico do país

Quintão diz que seu nome "nunca caiu na malha fina" em resposta a Lacerda ter questionado sobre denúncia de lavagem de dinheiro

DA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

No último debate da campanha em Belo Horizonte, os candidatos Marcio Lacerda (PSB) e Leonardo Quintão (PMDB) trocaram acusações e levantaram suspeitas sobre o patrimônio milionário de cada um.
Lacerda é o candidato mais rico do país, com patrimônio declarado de R$ 55,5 milhões, e Quintão é o deputado federal mineiro que registrou maior evolução patrimonial nos últimos dois anos, com aumento de 91% (passou de R$ 982,5 mil para R$ 1,8 milhão).
Logo no início do debate, realizado pela TV Globo, Lacerda pediu esclarecimento sobre denúncias de lavagem de dinheiro e remessas ilegais que surgiram contra Quintão. A resposta do peemedebista veio em tom de ataque: "Meu nome nunca caiu na malha fina. O outro candidato é o mais rico do Brasil, mais rico que Paulo Maluf". Quintão ditou o próprio CPF e pediu que o eleitor consultasse seu nome na Receita e nos serviços de proteção ao crédito. Respondeu às suspeitas de crimes financeiros dizendo que estudou "oito anos nos Estados Unidos e teve conta estudantil".
Ontem, tanto Lacerda quanto Quintão se colocaram contra o "choque de gestão", a maior bandeira do governador tucano Aécio Neves. Lacerda não quis se comprometer a adotar a política de redução de gastos públicos de seu padrinho político. Defendeu modernização "sem nenhum choque, sem abalo".
Quintão, que passou toda a campanha tentando colar a própria imagem à do governador, foi mais explícito: "Eu não irei implantar o choque de gestão". Ontem, ele não relacionou Lacerda ao mensalão nem repetiu que é um candidato de "centro-esquerda contra o poder dos palacianos", ataque que fez no último programa. Os dois abandonaram as pesadas denúncias que marcaram os últimos dias de campanha no rádio e na TV.
(FERNANDA ODILLA)



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