São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2008

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ELEIÇÕES 2008

Virada deve acontecer em três cidades

Pesquisas mostram que os líderes do 1º turno vencerão em 27 municípios

Na eleição de 2004, em 13 das 43 cidades do país onde houve a disputa do 2º turno, o candidato que ficou em segundo na 1º fase foi eleito

FELIPE BÄCHTOLD
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

Briga por apoio dos candidatos derrotados, debates polarizados e tempo de TV igual. Nada disso deverá ser suficiente para que o segundo colocado nas cidades onde haverá segundo turno amanhã vire a disputa e saia vitorioso das urnas. Apenas em três cidades das 30 onde haverá segundo turno, candidatos que terminaram o primeiro turno na segunda posição devem se eleger.
É o que mostram as pesquisas de opinião mais recentes. Em 25 municípios, quem ganhou o primeiro turno aparece numericamente à frente nos levantamentos. As viradas devem ocorrer apenas em São José do Rio Preto, Bauru (SP) e Ponta Grossa (PR).
Em Campina Grande (PB), os candidatos estão rigorosamente empatados. Apenas em Contagem (MG) não há pesquisa para o segundo turno.
Há casos de segundos colocados que estão com pontuação menor no segundo turno em relação ao primeiro, como em São Bernardo do Campo (SP).
No Rio e em Belo Horizonte, Fernando Gabeira (PV) e Leonardo Quintão (PMDB), que ficaram em segundo na primeira fase do pleito, chegaram a estar na frente em pesquisas, mas foram ultrapassados na reta final da campanha -ainda dentro da margem do empate técnico.
Em 2004, houve mais viradas nas cidades onde o segundo turno foi realizado. Nas 43 cidades em que essa fase foi promovida, 13 candidatos que não terminaram o primeiro turno na frente foram eleitos.
Para o cientista político Vitor Ferraz, da PUC-SP, "muitos [eleitores] viram que o candidato de preferência já não tinha chance no primeiro turno. Então, houve o voto útil. Ele abriu mão e antecipou a preferência, pulando etapas."
Quem precisa reverter desvantagem maior é Aidan Ravin (PTB), de Santo André (SP). No primeiro turno, ele ficou 27 pontos percentuais atrás de Vanderlei Siraque (PT).
Apesar de o segundo turno quase chancelar o primeiro em 2008, Ferraz diz que é essencial haver essa etapa "porque garante a legitimidade do eleito."


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