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ELEIÇÕES 2008
Virada deve acontecer em três cidades
Pesquisas mostram que os líderes do 1º turno vencerão em 27 municípios
Na eleição de 2004, em 13 das 43 cidades do país onde houve a disputa do 2º turno, o candidato que ficou em segundo na 1º fase foi eleito
FELIPE BÄCHTOLD
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Briga por apoio dos candidatos derrotados, debates polarizados e tempo de TV igual. Nada disso deverá ser suficiente
para que o segundo colocado
nas cidades onde haverá segundo turno amanhã vire a disputa
e saia vitorioso das urnas. Apenas em três cidades das 30 onde
haverá segundo turno, candidatos que terminaram o primeiro turno na segunda posição devem se eleger.
É o que mostram as pesquisas de opinião mais recentes.
Em 25 municípios, quem ganhou o primeiro turno aparece
numericamente à frente nos levantamentos. As viradas devem ocorrer apenas em São José do Rio Preto, Bauru (SP) e
Ponta Grossa (PR).
Em Campina Grande (PB), os
candidatos estão rigorosamente empatados. Apenas em Contagem (MG) não há pesquisa
para o segundo turno.
Há casos de segundos colocados que estão com pontuação
menor no segundo turno em
relação ao primeiro, como em
São Bernardo do Campo (SP).
No Rio e em Belo Horizonte,
Fernando Gabeira (PV) e Leonardo Quintão (PMDB), que ficaram em segundo na primeira
fase do pleito, chegaram a estar
na frente em pesquisas, mas foram ultrapassados na reta final
da campanha -ainda dentro da
margem do empate técnico.
Em 2004, houve mais viradas
nas cidades onde o segundo
turno foi realizado. Nas 43 cidades em que essa fase foi promovida, 13 candidatos que não
terminaram o primeiro turno
na frente foram eleitos.
Para o cientista político Vitor
Ferraz, da PUC-SP, "muitos
[eleitores] viram que o candidato de preferência já não tinha
chance no primeiro turno. Então, houve o voto útil. Ele abriu
mão e antecipou a preferência,
pulando etapas."
Quem precisa reverter desvantagem maior é Aidan Ravin
(PTB), de Santo André (SP). No
primeiro turno, ele ficou 27
pontos percentuais atrás de
Vanderlei Siraque (PT).
Apesar de o segundo turno
quase chancelar o primeiro em
2008, Ferraz diz que é essencial
haver essa etapa "porque garante a legitimidade do eleito."
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