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CASO TONINHO
Trânsito intenso no local não foi considerado
Perito aponta falha em simulação do assassinato de prefeito petista
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O perito forense da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas), Ricardo Molina, considera
"furada" a simulação do assassinato do prefeito de Campinas
(SP) Antonio da Costa Santos, o
Toninho do PT, feita em 2004.
A simulação foi feita com base
em informações do inquérito policial, que concluiu que Toninho
foi morto porque seu carro atrapalhou a fuga da quadrilha de
Wanderson Lima, o Andinho.
A simulação foi feita apenas
com um Vectra, como o dos autores do crime, e um Palio, como o
de Toninho. A Polícia Civil e o
Instituto de Criminalística do Estado não levaram em conta o
trânsito no momento do crime.
Para Molina, o fato de a cena
não ter sido reproduzida com os
outros veículos implica numa
mudança da dinâmica do crime.
"Se havia trânsito, todo mundo
estava atrapalhando todo mundo.
Por que só o carro do Toninho
atrapalhava a fuga da quadrilha? É
estranho porque os tiros foram
disparados quando a quadrilha já
estava ultrapassando o carro do
Toninho", afirmou.
Testemunhas ouvidas pela Folha afirmam que havia trânsito
intenso no momento do crime,
por causa do horário de saída do
Shopping Iguatemi de Campinas.
A polícia classificou o trabalho
como simulação, e não como reconstituição, pelo fato de os acusados não estarem presentes.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado disse em nota que
"as investigações foram concluídas". "Se houver a reabertura do
caso, serão conduzidas novas investigações. Em relação à simulação, ela foi feita exatamente como
solicitado pela Justiça."
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