São Paulo, sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Texto Anterior | Índice

CASO TONINHO

Trânsito intenso no local não foi considerado

Perito aponta falha em simulação do assassinato de prefeito petista

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O perito forense da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Ricardo Molina, considera "furada" a simulação do assassinato do prefeito de Campinas (SP) Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, feita em 2004.
A simulação foi feita com base em informações do inquérito policial, que concluiu que Toninho foi morto porque seu carro atrapalhou a fuga da quadrilha de Wanderson Lima, o Andinho.
A simulação foi feita apenas com um Vectra, como o dos autores do crime, e um Palio, como o de Toninho. A Polícia Civil e o Instituto de Criminalística do Estado não levaram em conta o trânsito no momento do crime.
Para Molina, o fato de a cena não ter sido reproduzida com os outros veículos implica numa mudança da dinâmica do crime.
"Se havia trânsito, todo mundo estava atrapalhando todo mundo. Por que só o carro do Toninho atrapalhava a fuga da quadrilha? É estranho porque os tiros foram disparados quando a quadrilha já estava ultrapassando o carro do Toninho", afirmou.
Testemunhas ouvidas pela Folha afirmam que havia trânsito intenso no momento do crime, por causa do horário de saída do Shopping Iguatemi de Campinas.
A polícia classificou o trabalho como simulação, e não como reconstituição, pelo fato de os acusados não estarem presentes.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado disse em nota que "as investigações foram concluídas". "Se houver a reabertura do caso, serão conduzidas novas investigações. Em relação à simulação, ela foi feita exatamente como solicitado pela Justiça."


Texto Anterior: Toda mídia - Nelson de Sá: Números piores
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.