São Paulo, quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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JUSTIÇA ELEITORAL

TSE adia decisão sobre mandato de Ivo Cassol

FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Ricardo Lewandowski interrompeu ontem o julgamento sobre suposta compra de votos do governador de Rondônia, Ivo Cassol (PP), nas eleições de 2006, após divergência entre o relator do caso, Arnaldo Versiani, e o presidente da corte, Carlos Ayres Britto. Versiani votou pela absolvição e Ayres Britto, pela cassação.
De acordo com o procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, centenas de funcionários da empresa Rocha Segurança e Vigilância receberam R$ 100 para votar nos candidatos da coligação "Trabalho Continua", da qual o governador fazia parte. O esquema é o que levou à cassação do ex-senador Expedito Júnior (PSDB-RO), pertencente à coligação. Não há prazo para a retomada do julgamento.
Segundo o relator, apesar de ter ficado comprovado que houve compra de votos nas eleições de 2006 em favor de Cassol e seus aliados, não é possível afirmar que o governador participou ou, ao menos, sabia do esquema. Já para Ayres Britto, as provas apresentadas são suficientes para dizer que Cassol sabia da compra de votos.
A defesa de Cassol afirma que não existe como provar a participação de seu cliente no esquema. Disse que se tratava de uma "ilação", já que não poderia ser responsabilizado pela prática do crime só pelo fato de ser ligado politicamente a Expedito.


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