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outro lado
Exército não concorre com empresas, diz general
DA SUCURSAL DO RIO
O Exército deve faturar neste
ano R$ 400 milhões com a execução de obras públicas, segundo a previsão do general Paulo
Komatsu, diretor de Obras e
Cooperação do Exército.
Ele nega que os militares tomem espaço da iniciativa privada. Diz que os convênios com o
Dnit representam ""um pequeno quinhão" de 4% nas contratações do órgão, e que os batalhões trabalham em parceria com empresas privadas, subcontratando seus serviços.
O general diz que as obras de
transposição do rio São Francisco somarão R$ 4,5 bilhões e
que a fatia que coube ao Exército é de R$ 103 milhões. Segundo ele, as obras para o poder público dão ao Exército os conhecimentos de engenharia -como construção e reconstrução
de estradas e pontes- essenciais em situações de guerra.
Os 11 Batalhões de Engenharia de Construção do Exército
ocupam 8.000 soldados. Segundo o general, eles formam
mão-de-obra que depois será
absorvida pelas empreiteiras.
O comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Construção, coronel Fernando Miranda do Carmo, responsável
pela pavimentação do trecho
da BR-163, diz que o Exército
faz obras por preço fixo e o valor da empreitada é definida
antes do início dos trabalhos.
Argumenta que os convênios
não sofrem aditivos de preços e
de prazos, como ocorre com
contratos de empreiteiras privadas, e por isso, o valor orçado
é maior. ""Mas o valor final das
obras do Exército é menor do
que o da iniciativa privada."
O 9º Batalhão foi notificado
sobre as determinações do
TCU em setembro e, em outubro, entrou com recurso administrativo no mesmo tribunal.
Ele alega no recurso que o orçamento das obras é transparente
e que os preços apresentados
pelo Exército não consideram
lucro, impostos diretos, nem a
mão-de-obra que é paga pela
União. O recurso defende que a
depreciação dos equipamentos
deve ser mantido no cálculo do
custo das obras.
A direção do Dnit afirmou,
por meio de sua assessoria, que
não está comprovada existência do sobrepreço de R$ 5,58
milhões na pavimentação do
trecho da BR-163, executada
pelo Exército. Segundo o Dnit,
o Exército é parceiro importante do Ministério dos Transportes, e tem tecnologia de ponta.
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