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Chávez vai ao RS em busca de apoio
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, irá a Porto Alegre hoje
para participar do Fórum Social
Mundial, com um objetivo: conseguir um palco no qual faça uma
defesa da sua administração (que
enfrenta 53 dias de greve) e atenue
o isolamento que vive.
"O presidente Chávez virá a
Porto Alegre na busca de um espaço para atenuar seu isolamento. A grande imprensa, na Venezuela, está vinculada aos golpistas", afirmou o embaixador venezuelano, Vladimir Villegas Poljak,
que já está no Fórum Social e ontem desfilava no evento acompanhado da deputada federal eleita
Luciana Genro (PT-RS), filha do
secretário de Desenvolvimento
Econômico e Social, Tarso Genro.
"O que está ocorrendo na Venezuela deve ser evitado, para que
não se repita em outros países da
América Latina. Brasil e Venezuela mantêm uma relação diplomática intensa, e é natural que estejamos aqui procurando evitar a
conspiração [Poljak se refere à
greve como conspiração]."
De acordo com o embaixador, o
Brasil contribui atualmente com
petróleo, carne e outros gêneros
alimentícios. Em outras ocasiões,
segundo ele, seu país ajudou o
Brasil no suprimento petrolífero,
o que apenas comprova os vínculos entre os dois países. "O Brasil
atua para manter uma governo legítimo", afirmou.
Poljak diz que a vinda de Chávez está definida. Ele deve chegar
a Porto Alegre às 12h de domingo,
quando deverá visitar o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), vaiado
ontem, na abertura do Fórum Social Mundial. Rigotto disse que receberá naturalmente o presidente. Às 17h, Chávez deve conceder
entrevista coletiva.
Visão bolivariana
"Nosso presidente tem uma visão democrática e com uma grande preocupação bolivariana de integração continental. Sua visita ao
Brasil mostra isso", disse.
É a terceira vez em apenas um
mês -desde que o presidente Lula tomou posse- que Chávez
vem ao Brasil.
Desta vez, porém, ele não encontrará Lula, que estará em Davos. Nas duas outras ocasiões, ele
pediu auxílio ao governo brasileiro para seu país.
(LÉO GERCHMANN)
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