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São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

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Chávez vai ao RS em busca de apoio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, irá a Porto Alegre hoje para participar do Fórum Social Mundial, com um objetivo: conseguir um palco no qual faça uma defesa da sua administração (que enfrenta 53 dias de greve) e atenue o isolamento que vive.
"O presidente Chávez virá a Porto Alegre na busca de um espaço para atenuar seu isolamento. A grande imprensa, na Venezuela, está vinculada aos golpistas", afirmou o embaixador venezuelano, Vladimir Villegas Poljak, que já está no Fórum Social e ontem desfilava no evento acompanhado da deputada federal eleita Luciana Genro (PT-RS), filha do secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro.
"O que está ocorrendo na Venezuela deve ser evitado, para que não se repita em outros países da América Latina. Brasil e Venezuela mantêm uma relação diplomática intensa, e é natural que estejamos aqui procurando evitar a conspiração [Poljak se refere à greve como conspiração]."
De acordo com o embaixador, o Brasil contribui atualmente com petróleo, carne e outros gêneros alimentícios. Em outras ocasiões, segundo ele, seu país ajudou o Brasil no suprimento petrolífero, o que apenas comprova os vínculos entre os dois países. "O Brasil atua para manter uma governo legítimo", afirmou.
Poljak diz que a vinda de Chávez está definida. Ele deve chegar a Porto Alegre às 12h de domingo, quando deverá visitar o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), vaiado ontem, na abertura do Fórum Social Mundial. Rigotto disse que receberá naturalmente o presidente. Às 17h, Chávez deve conceder entrevista coletiva.

Visão bolivariana
"Nosso presidente tem uma visão democrática e com uma grande preocupação bolivariana de integração continental. Sua visita ao Brasil mostra isso", disse.
É a terceira vez em apenas um mês -desde que o presidente Lula tomou posse- que Chávez vem ao Brasil.
Desta vez, porém, ele não encontrará Lula, que estará em Davos. Nas duas outras ocasiões, ele pediu auxílio ao governo brasileiro para seu país.
(LÉO GERCHMANN)


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