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ELEIÇÕES 2006/DATAFOLHA
Cresce o número dos que acham que poder de compra vai aumentar
e diminui o índice daqueles que esperam crescimento do desemprego
Expectativa sobre a economia é melhor do que antes da crise
RODRIGO RÖTZSCH
DA REDAÇÃO
Realizada antes do anúncio do
crescimento morno do PIB em
2005, a última pesquisa Datafolha
revela que a população está hoje
mais otimista com a economia do
que estava no ano passado.
Na pesquisa anterior, 48% dos
entrevistados achavam que o desemprego iria aumentar no futuro próximo. Agora, 40% acreditam nessa possibilidade. O que
não significa um crescimento de
igual proporção entre os que
crêem que haverá mais vagas. No
ano passado, 23% julgavam que o
desemprego iria diminuir -hoje
são 25%. Dos entrevistados pelo
Datafolha na semana passada,
31% responderam que o nível de
emprego deve ficar como está,
contra 25% anteriormente.
A expectativa sobre o poder de
compra melhorou mais: 33%
acham que ele vai aumentar, um
acréscimo de sete pontos percentuais. Caiu nove pontos -de 34%
para 25%- o índice dos que
acham que ele vai diminuir. Continuam 35% os que acham que ele
vai ficar como está.
O levantamento anterior foi feito em 31 de maio e 1º de junho de
2005, antes da entrevista do então
deputado Roberto Jefferson à Folha em que denunciou o "mensalão". O Datafolha mede as expectativas do eleitorado sobre a situação econômica do país, com questões sobre desemprego, inflação,
poder de compra e conjuntura.
O índice dos que acreditam que
a inflação vai aumentar caiu de
45% para 35%. Agora é maior o
número daqueles que acham que
ela vai ficar como está -43%
contra 35%. Oscilou de 15% para
14% o índice dos que consideram
que a inflação vai diminuir.
Questionados sobre a situação
econômica como um todo, os entrevistados são mais otimistas ao
analisar a sua situação individual
do que a do país: 35% dos entrevistados acham que a situação
econômica do Brasil vai melhorar
nos próximos meses, mesmo índice registrado em maio e junho.
Subiu, porém, no período, de
43% para 48% o número dos que
acreditam que vai melhorar a própria situação econômica.
O diretor-geral do Datafolha,
Mauro Paulino, diz que "de fato
há em alguns aspectos um aumento não muito grande, porém
relativo, do otimismo". Paulino
considera essa uma "decorrência
deste momento positivo que o
eleitor está enxergando em relação ao governo Lula". O desempenho na área econômica é a segunda maior responsável pela taxa de aprovação do governo.
A pesquisa Datafolha ouviu
2.651 pessoas em 164 municípios
nos últimos dias 20 e 21. A margem de erro é de dois pontos para
mais ou para menos.
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