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Ibama apura gastos ilegais de servidora de R$ 836 mil
Funcionária de GO teria pagado R$ 23 mil a clínica
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
A superintendência do Ibama em Goiás e o Ministério Público Federal investigam suspeitas de gastos de R$ 836 mil
de servidora com serviços que
nunca foram fornecidos ao órgão, como um pagamento de R$
23 mil a uma clínica de estética.
Segundo o Ibama, a funcionária, concursada e responsável pelo departamento financeiro em Goiás, fez pagamentos
fraudulentos para pelo menos
dez pessoas e uma empresa -a
clínica- que não tem relação
com as atividades do órgão.
Ela está de férias e foi destituída do cargo na última semana. Os gastos foram feitos nos
últimos oito anos.
A Procuradoria diz que um filho da funcionária foi beneficiado com transferências de R$
54 mil. Há suspeitas de que outro beneficiado seja parente da
servidora. Um dos que receberam pagamentos ganhou transferência de R$ 249 mil.
A Procuradoria e o Ibama
ainda não sabem qual é a relação de cada um dos beneficiados com a funcionária suspeita.
Parte das despesas foi divulgada no Portal da Transparência (www.transparencia.gov.br), site da CGU onde foram
expostas irregularidades em
cartões corporativos. Os gastos
aparecem sob a ação de governo "administração da unidade"
e dirigidos a "apoio administrativo" do Ibama em Goiás.
O bloqueio dos bens da funcionária e dos outros envolvidos foi pedido à Justiça para
um eventual ressarcimento aos
cofres públicos. Segundo o Ibama, por causa das denúncias,
todas as contas da divisão goiana da instituição vão passar por
novas auditorias.
A Folha não conseguiu localizar ontem a funcionária suspeita. Na clínica que recebeu o
pagamento, uma funcionária
disse que as proprietárias não
poderiam falar sobre o caso.
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